HFT: como utilizar as negociações de alta frequência

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A evolução do mercado de capitais, em grande parte, seguiu a evolução das tecnologias. Dessa maneira, a utilização de robôs e de sistema de inteligência artificial permitiram a criação do HFT, isto é, negociações de alta frequência.

Com o high frequency trading (HFT), os investidores institucionais apresentam maiores condições de negociação, uma vez que conseguem otimizar suas ordens, garantindo-lhes maior efetividade nos trades.

O que é o HFT?

O HFT, sigla para designar o high frequency trading, é uma das formas de negociar ativos caracterizada pela utilização de robôs de investimento e algoritmos.

Por esse motivo, o HFT se caracteriza por:

  • Possibilitar trades em grande quantidade
  • Apresentar velocidade superior à de qualquer operador de mesa
  • Ocorrer em um espaço curto de tempo

Com essa tecnologia, utilizada principalmente investidores institucionais, é possível realizar uma quantidade superior de trades, com mais qualidade e um grau elevado de assertividade.

Como funciona o High Frequency Trading?

Como uma forma de simplificar o seu funcionamento, pode-se dizer que o HFT é um dos diversos tipos de negociação existentes dentro do mercado financeiro, que se diferencia por utilizar robôs de investimentos.

Com esses robôs, bancos de investimentos e investidores institucionais conseguem operacionalizar um número muito maior de operações, as quais são de curto prazo e geralmente apresentam retornos de alguns centavos.

Assim, o principal objetivo é obter margem de lucro pequena em cima de enormes quantias de negociação.

Importante lembrar, que o HFT apresenta grande aplicabilidade para as operações de day trade, isto é, operações que se encerram no mesmo dia que são abertas.

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Como surgiu o High Frequency Trading?

Ao findar a década de 1990, os primeiros softwares de negociação em alta frequência foram adotados pelo mercado financeiro pelo mundo e, no Brasil não foi diferente.

Apesar de difundidos em bolsas de valores por todo o mundo, no Brasil a utilização dos robôs de investimento ainda é ínfima.

Mister frisar, que apesar da enorme difusão, muitos ainda colocam na balança as vantagens dos robôs na parte operacional, classificando essas operações como desleais com os demais investidores e prejudiciais para o mercado.

Principais estratégia utilizadas no High Frequency Trading

Após entender o que é e como funciona o High Frequency Trading, está na hora de entender em quais operações ele pode ser utilizado. 

Dessa maneira, o HFT tem aplicabilidade em operações de:

  1. Arbitragem
  2. Tape Reading
  3. Criação de mercado (parecido com scalping)
  4. Negociações baseadas em notícias

Assim, a partir dessas estratégias, principalmente os bancos de investimento, conseguem operar de forma mais eficiente no mercado e, por esse motivo, obter maiores probabilidades de acerto em negociações.

Quais os riscos HFT?

Como explanado no decorrer do artigo, as operações de High Frequency Trading possibilitam realizar operações com volumes enormes, muitas vezes criando liquidez momentânea em alguns ativos.

Por essa característica, o método pode levar a muitos riscos aos especuladores menores do mercado, uma vez que ao injetar enorme liquidez no mercado, os robôs de investimento geram volatilidade no ativo. 

Esse problema de aumento da volatilidade foi sentido na pele pelo mercado norte americano no ano de 2010, quando, por conta da elevado utilização do HFT, o mercado experimentou uma queda forte nos preços, que logo voltaram.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).