Fundos de curto prazo: características e formas de aplicação

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A indústria de fundos de investimentos no Brasil é enorme e, por isso, faz-se necessário catalogar cada um deles em uma classe específica, que é definida pela ANBIMA, sendo uma delas o de Fundos de Curto Prazo.

Importante salientar que a distinção dos fundos via classe serve para que seja possível compará-los, seja na sua composição ou na rentabilidade. Hoje, iremos abordar o que são os Fundos de Curto Prazo.

O que são Fundos de Curto Prazo?

Antes de adentrar a definição dos Fundos de Curto Prazo é primordial entender que eles são uma classe dos denominados Fundos de Renda Fixa.

Nesse sentido, quando um Fundo de Renda Fixa apresentar ativos que replicam um índice de mercado, como a taxa de juros Selic, com prazo de no máximo 375 dias, ele será classificado como Curto Prazo.

Aqui é necessário abrir um parêntese, uma vez que a definição de curto prazo também existe para a Receita Federal, entretanto, para ela será classificado dessa forma o fundo que apresentar ativos com prazo médio igual ou inferior a 365 dias.

Vantagens e desvantagens dos fundos de curto prazo

Agora que você já sabe o que é um Fundo de Curto Prazo, é essencial entender quais são as suas vantagens e quais são as suas desvantagens.

Por se tratar de um Fundo de Renda Fixa. que apresenta ativos ligados a taxa de juros, é um investimento:

  1. Hiperconservador; 
  2. Boa liquidez; 
  3. Baixo risco.

Assim, por conta da estrutura desse tipo de fundo, eles são uma ótima alternativa para a sua reserva de oportunidade, visto que podem ser resgatados até mesmo em D+0.

Entretanto, por conta de todas essas características, esse tipo de fundo acaba por apresentar rentabilidades bem abaixo de outros fundos disponíveis no mercado, mas serve para compor a porção conservadora da carteira.

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Rentabilidade e custos dos Fundos de Curto Prazo

Como os fundos de curto prazo tendem a replicar ativos que têm em sua composição, eles apresentam rentabilidade que segue a taxa de juros, podem ser tanto a Selic quanto o CDI.

Para replicar a Selic os gestores tendem a comprar títulos do tesouro nacional e, para replicar o CDI títulos de instituições financeiras.

Em relação aos custos envolvidos para se ter um fundo de curto prazo na carteira, deve-se levar em consideração o Imposto de Renda, o qual é dado pela tabela regressiva, iniciando em 22,5% e chegando a 20% a taxa de administração e a taxa de custódia.

Esse profissional irá auxiliar tanto na estruturação da carteira quanto nas movimentações e alocações, a depender de como está o cenário econômico e, principalmente as taxas de juros.

Considerações finais

Como explanado ao longo do artigo, Fundos de Curto Prazo são parte importante de uma carteira de investimentos e, para que seja possível utilizá-los é essencial o acompanhamento de um profissional do mercado.

Esse profissional irá auxiliar tanto na estruturação da carteira quanto nas movimentações e alocações, demonstrando quando aplicar em Fundos de Curto Prazo.

 

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).