O que é suitability? Entenda a importância desse processo

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O perfil do investidor é um fator primordial para poder direcionar as melhores estratégias de acordo com os objetivos. Uma das formas de entender essas especificidades, é através do suitability.

O suitability deve ser utilizado por profissionais do mercado financeiro, a fim de entender melhor o perfil dos clientes que querem começar a realizar investimentos ou até mesmo, que querem redefinir o seu portfólio de aplicações.

O que é suitability?

Em tradução, suitability significa aptidão — e é justamente essa a função do teste de suitability. Também conhecido como Avaliação do Perfil do Investidor (API), trata-se de um questionário aplicado para que os profissionais compreendam o grau de tolerância ao risco dos clientes.

Dessa forma, é possível organizar os investimentos de forma que atenda aos objetivos, limites e conhecimento do potencial investidor. Seja na renda fixa, renda variável ou uma mescla de ambas, as perguntas do suitability conseguem criar um plano estratégico de aplicação a fim de atender aspectos, como:

  • Criação de reserva de emergência;
  • Preservação de capital;
  • Ampliação de patrimônio;
  • Plano de aposentadoria.

Conhecendo o formulário suitability

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Depois de entender o que é suitability, é preciso conhecer melhor sobre o funcionamento dessa ferramenta. O formulário suitability precisa ser ofertado pelas instituições financeiras.

E, o processo deve ser aplicado por pessoas habilitadas, de forma que haja um entendimento do perfil do cliente e direcionamento de produtos e serviços que façam sentido às suas características.

Uma dúvida comum que surge por parte dos profissionais que aplicam o suitability, é saber quais os critérios devem ser considerados.

Alguns dos aspectos que precisam ser respondidos pelo questionário:

  • Grau de capacidade ao risco;
  • Objetivo do investimento;
  • Tolerância ao risco;
  • Necessidade de liquidez;
  • Base de conhecimento sobre os produtos e serviços.

Além disso, é válido lembrar que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), exige que haja uma revisão do perfil dos clientes no prazo de, no máximo, 24 meses.

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Quais são os principais perfis de investimento?

De forma geral, pode-se afirmar que existem três principais perfis de investimentos:

  • Conservador;
  • Moderado;
  • Arrojado.

Perfil conservador

O cliente que for indicado pelo suitability como um perfil conservador, tende a ser uma pessoa com alta aversão ao risco.

Isso significa dizer que, mesmo que as chances de rentabilidade sejam menores, esse investidor ainda prefere uma opção que seja menos arriscada e que permita maior previsibilidade sobre ela.

Nesse caso, a tendência é que se aporte todo ou a maior parte do seu capital em produtos de renda fixa, seja por intermédio de títulos públicos ou fundos de investimentos.

Perfil moderado

No perfil moderado, existe um equilíbrio na criação de um portfólio de investimentos, por exemplo. Esse investidor está mais disposto a expor parte do seu capital, em busca de maiores retornos.

No entanto, é preciso que haja uma margem de segurança para o seu patrimônio. É comum que esse investidor realize aportes em renda fixa e variável, mas, aplicando a maior parte dos seus investimentos em renda fixa.

Perfil arrojado

O investidor de perfil arrojado (ou agressivo) está em busca de maiores rentabilidades e está disposto a expor o seu capital, se isso significar maiores chances de rentabilidade. Tende a realizar aplicações, exclusivamente, em renda variável ou, a maior parte.

Caso o investidor seja indicado com algum desses perfis e, por ventura, queira adquirir um produto fora do seu perfil, é preciso que este declare expressamente que está em busca de adquirir algo que está totalmente fora do seu perfil.

Nesse tipo de situação, é recomendado que o profissional responsável, seja analista ou gestor de investimentos, efetue um novo suitability, em busca de entender as mudanças que podem ocorrer na avaliação do cliente.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).