ETF: o que é, como funciona esse investimento e como investir?

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ETF: o que é, como funciona esse investimento e como investir?

Dentro do mercado financeiro, mais especificamente no segmento de aplicações financeiras, existe uma série de investimentos possíveis. Um deles é o ETF.

O ETF, ou ETFs como também pode ser chamado, é um tipo de investimento negociado no pregão da bolsa e que tem ganhado cada vez mais espaço e popularidade.

O que é a ETF?

ETF, sigla em inglês para Exchange-Traded Fund, é um tipo de fundo de investimentos que funciona como um grupo de pessoas que realizam o investimento dos recursos de maneira conjunta.

Os fundos de índice, na tradução para o português, são comercializados de maneira parecida com ações de uma empresa e possuem a tendência a reproduzir as alterações de algum índice.

Normalmente o mais comum é encontrar esse tipo de fundo em renda variável, principalmente por ele ser o espelho de um índice do mercado.

Em casos como esse, se a taxa em questão subir 10% ao mês, o fundo terá uma rentabilidade parecida.

Por outro lado, se o índice for desvalorizado, o investimento terá o mesmo impacto.

Além disso, vale pontuar que esse tipo de aplicação é recomendada principalmente para dois casos: pessoas que querem proteger o dinheiro da inflação e iniciantes na Bolsa de Valores.

Esse tipo de fundo é igual aos outros disponíveis no mercado?

Porém, é importante saber que existem duas características que diferenciam esse tipo de fundo dos que são considerados tradicionais, sendo elas:

  • normalmente eles são ligados a uma taxa como referência, chamada de subjacente; e
  • as cotas deste fundo tem a negociação feita no pregão da bolsa de forma parecida a de ações.

Para o primeiro ponto, vale pontuar que isso quer dizer que existe um gestor que é responsável por ajustar a composição do fundo para ser o mais parecido ao indicador.

Sendo assim, o papel dele é o de fazer uso do patrimônio dos investidores para comprar as ações presentes na carteira do índice e na mesma dimensão.

Para o segundo ponto, por sua vez, o desempenho do fundo, e consequentemente o retorno, oscila de acordo com a performance dos títulos que compõem a carteira desse investimento.

Existem diferentes tipos de ETFs?

Quando falamos em diferentes tipos de ETFs, devemos ter em mente que existem diferentes empresas que criam e gerem os fundos.

Porém, vale pontuar que existem dois tipos quando falamos na rentabilidade, sendo o ETF de renda fixa e o variável também.

Entretanto, é importante ter em mente que existem diversos tipos tendo em vista que estas podem ser feitas para diferentes segmentos e áreas. De toda forma, algumas opções disponíveis são:

  • ETF de renda fixa;
  • PIBB, outro tipo de fundo negociado na Bolsa de Valores;
  • ETF de renda variável;
  • ETFs de commodities;
  • de moedas;
  • para investidores; e
  • de títulos.

Mas o que mais influencia quando falamos em diferentes categorias desse tipo de fundo de investimento é a rentabilidade que ele possui.

E para isso, ele é dividido nos dois mais conhecidos em nosso país, que são o de renda variável e o de renda fixa.

O primeiro é o que explicamos anteriormente e que tem como intenção seguir os índices de uma ação.

Aqui, o mais comum e mais negociado, no entanto, é o BOVA11. Dessa forma, é feita uma réplica da composição da carteira com o retorno do IBOVESPA.

Nesse caso que trouxemos de exemplo, a carteira é composta por papéis de:

  1. bancos;
  2. segmentos de mineração e bebidas; e
  3. empresas petrolíferas, como a Petrobras.

Sendo assim, o retorno para os investidores varia conforme a oscilação da IBOVESPA.

E o de renda fixa?

o de renda fixa é mais recente, tendo sido lançado no Brasil pela primeira vez em maio de 2019.

Ela tem como referência o IMA-B, um título que é negociado por meio do Tesouro Direto, e o papel desse tipo rende o IPCA, índice que reflete a inflação.

Além disso, esse tipo de investimento tem 15% do seu valor total cobrado no Imposto de Renda sobre a aplicação.

A taxa de administração desse tipo de ativo, por sua vez, é de 0,25% e ele é considerado um investimento acessível por ter valor inicial de R$100.

Quais as opções de ETFs que existem hoje em dia?

Após entendermos o que é o Exchange-Traded Fund e os principais tipos conforme a rentabilidade, a dúvida que fica é sobre as possibilidades de fundos disponíveis.

E para isso, temos a seguinte lista de ETFs com os cinco fundos de maior liquidez:

  1. BOVA11, da iShares IBOVESPA;
  2. BOVV11, da It Now IBOVESPA;
  3. SMAL11, da iShares BM&FBOVESPA Small Cap;
  4. PIBB11, da It Now PIBB IBRX-50; e
  5. IVVB11, da iShares S&P 500.

Vale pontuar, porém, que mesmo essas opções sendo as com maior facilidade de compra e venda de ações, o investidor deve analisar alguns pontos antes de aplicar seu capital.

Dentre eles, o mais importante é analisar se o fundo está de acordo com o perfil de investidor que ele possui.

Outro fator a se levar em consideração é se, por meio desse fundo, será possível alcançar os objetivos financeiros pessoais.

Para isso, estude bem o fundo e as outras opções do mercado, chegando então à melhor decisão.

Como funciona o ETF?

Como falamos anteriormente, ele funciona de forma parecida com os outros fundos de investimento que existem no mercado.

Ou seja, são feitas compras de cotas dentro desse fundo e o gestor de investimentos é responsável por gerir todo o montante dos investidores e realizar o investimento em algum índice.

Para isso, porém, ele deve seguir o regulamento estipulado anteriormente.

Cabe dizer que esse tipo de investimento possui uma alta volatilidade, principalmente quando falamos nos ETFS que fazem investimentos em renda variável.

Isso ocorre porque a carteira de investimento desses fundos é composta por ações que fazem parte dos índices da B3.

De forma geral, eles são investimentos de liquidez considerável, o que torna mais fácil a compra e a venda de ações, ou seja, a entrada e saída do investimento, e a rentabilidade de ETFs são interessantes.

Ele é também um tipo de investimento acessível, sendo possível entrar com aproximadamente R$100.

Ele é dividido em dois tipos de mercados: primário e secundário.

O mercado primário é o local de criação dos ETFs por instituições autorizadas que recebem o nome de Participantes Autorizados (PAs).

As cotas são criadas futuramente por meio das corretoras de valores.

Já o secundário é onde as pessoas negociam as cotas, tendo um funcionamento parecido ao do mercado de ações, tendo como base a lei de oferta e da procura.

Passo a passo para investir nesse tipo de fundo

Investir nesse tipo de fundo é algo considerado bem simples, sendo necessário passar por somente cinco passos, que são:

  1. abrir uma conta em uma corretora de investimentos;
  2. escolher qual será o fundo de investimento dentre as opções de ETFs disponíveis;
  3. acessar o aplicativo de Home Broker oferecido pela corretora;
  4. digitar o código do ETF escolhido; e
  5. dar a ordem de compra.

A compra e a venda de ações funcionam de formas parecidas, e é possível realizar tudo por meio do aplicativo.

Mas quando falamos sobre a venda das cotas, o investidor deve levar em consideração se o preço está bom para ele.

Assim, é aconselhado que a pessoa tenha lucro principalmente quando considerado com o preço que ele pagou para comprar a cota.

E além dessas duas opções, também é possível realizar um aluguel das cotas, e existe a possibilidade de ter maior lucro por meio do aluguel do fundo.

Para isso, o sistema de BTC da B3 deve ser acessado.

Uma dica, no entanto, é que profissionais recomendam mais o investimento por meio das corretoras de valores independentes do que pelos bancos.

Isso se dá pelas taxas, que são menores nas corretoras, bem como pelo atendimento personalizado oferecido por essas empresas.

Vale a pena realizar esse investimento hoje?

Vale a pena realizar esse investimento hoje?

Você sabe dizer se ETF vale a pena? Essa é a dúvida de muitas pessoas que estão pensando em entrar nesse tipo de fundo de aplicação.

A primeiro momento, podemos dizer que sim, além de ser muito fácil, é uma das formas rápidas e baratas de começar a investir.

E uma vez que esse tipo de fundo reflete como está a Bolsa de Valores, ele é também um dos tipos mais fáceis de se acompanhar quando comparado a outras aplicações.

Agora, por ser normalmente de renda variável, existe a possibilidade de conquistar lucros maiores a longo prazo por meio desse tipo de fundo de investimento, sendo uma ótima opção para a aposentadoria.

Assim, o recomendado é procurar pelos melhores ETFs analisando alguns pontos como o perfil de investidor que a pessoa possui, a volatilidade, o risco, a liquidez e a rentabilidade de cada fundo.

Como é feita a gestão desse investimento?

Esse tipo de fundo recebe a chamada gestão passiva, que é um tipo de administração que se restringe a analisar as possibilidades de papéis que podem ter resultado igual a um índice utilizado como referência para o ETF.

Assim, ela possui uma série de limitações para quem realiza a gestão por restringir os papéis que podem ser escolhidos para compor a carteira.

E quando falamos sobre como se tornar um gestor dos principais ETFs, devemos ter em mente que isso é feito normalmente por uma corretora ou distribuidora de títulos.

Assim, o profissional que deseja realizar essa função deve se especializar como gestor por meio de uma da CGA ou da CGE.

E o certificado mais recomendado para quem deseja ser um gestor de ETF é a Certificação para Gestores ANBIMA, um selo concedido pela ANBIMA que capacita profissionais a gerir o recurso em fundos de investimento.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).