ROCE: conheça mais sobre o Return on Capital Employed

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ROCE: conheça mais sobre o Return on Capital Employed

Antes de aplicar seu dinheiro em um ativo, é comum que o investidor faça uma análise a fim de identificar possíveis riscos e determinar se o investimento é vantajoso. Para isso, são usados alguns indicadores financeiros, como o ROCE.

Utilizado especialmente em análises fundamentalistas, o ROCE é um indicador importante no momento de compreender a capacidade de um negócio. Porém, mesmo com esta importância, é um indicador fundamentalista pouco popular no Brasil.

O que é ROCE

ROCE, sigla em inglês para Return on Capital Employed, ou Retorno sobre Capital Empregado, em português, é um indicador financeiro que mensura a eficiência de uma empresa em suas atividades. Ou seja, busca determinar se o valor investido será bem empregado e, consequentemente, trazer resultados.

Como já dissemos, ainda que seja uma métrica com boa utilidade, ela acaba passando despercebida por parte dos investidores do país.

Além disso, por vezes, o ROCE é confundido com outros três indicadores, são eles:

  1. ROE – Return on Equity;
  2. ROIC – Return on Invested Capital;
  3. ROA – Return on Assests.

Assim, se faz necessário entender como funciona este indicador, visando diferenciar dos exemplos citados.

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Fórmula do ROCE

ROCE: conheça mais sobre o Return on Capital Employed

A equação utilizada para se chegar ao valor do Retorno sobre Capital Empregado de uma empresa é a seguinte:

ROCE = EBIT/Capital empregado

O EBIT, sigla para Earnings Before Interests and Tributation, ou, em português “lucro antes dos juros e tributos”, nada mais é do que o lucro operacional de um negócio sem serem descontados valores referentes a dívidas, impostos e operações de natureza financeira.

Enquanto, o capital empregado pode ser interpretado por três valores diferentes, são eles:

  • Passivo circulante;
  • Total de ativos;
  • Subtração do ativo circulante passivo circulante.

Como não há consenso da forma exata para se utilizar, essas três opções podem ser utilizadas na fórmula do ROCE.

Contudo, em situações em que são comparadas empresas é necessário usar o mesmo método de análise do capital empregado.

Interpretação do resultado

Quanto maior for o ROCE de uma empresa, maior será sua competência no momento de aplicar investimentos visando gerar valor.

Dessa forma, é natural interpretar que empresas que apresentem um Retorno sobre Capital Empregado baixo não são tão eficientes nesse quesito.

É importante dizer que não é ideal utilizar apenas o ROCE para analisar uma empresa, sendo recomendado para isso os demais indicadores fundamentalistas em conjunto.

Importância do ROCE para profissionais do mercado financeiro

Vale destacar ainda que o ROCE deve ser um indicador conhecido pelos profissionais que desejam ou já atuam no mercado financeiro, especialmente em posições onde é necessário realizar a análise e recomendação de investimentos.

O ROCE é indicador que faz parte da análise fundamentalista e, portanto, deve ser compreendido e estudado também para as provas de certificações financeiras correlacionadas.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).