Para se obter o resultado desejado no mercado financeiro, entender os riscos de uma escolha é um dos passos mais importantes, independente se a pessoa tem sua atuação na área como investidor ou profissional. Para isto, existem ferramentas que servem para medir o risco, com destaque para o Value at Risk.
Não à toa, o Value at Risk é um dos medidores mais utilizados por investidores, visto sua importância no momento de medir os riscos de um investimentos, dessa forma é natural que está ferramenta faça parte da rotina de profissionais como o gestor financeiro.
O que é o Value at Risk?
Value at Risk, também conhecido como VaR, é um indicador de risco que mede a perda máxima que um ou mais ativos financeiros podem sofrer durante determinada faixa de tempo, que pode ser representada em dia, semana ou mês.
Ou seja, através do VaR é possível medir, com cálculo estatístico, o risco daquele produto do mercado e os prejuízos que ele pode causar ao investidor.
Para isso, são considerados três elementos em sua construção. São eles:
- Estimativa de perda máxima;
- Horizonte de tempo;
- Nível de confiança.
Como o nome indica, o primeiro nome é referente ao valor total do que foi investido que pode ser perdido.
Enquanto, horizonte de tempo é ligado ao período que será analisado, nesse sentido recomendam-se que está faixa de tempo não ultrapasse o período de um mês, visto que os ativos analisados são voláteis.
Por fim, existe o grau de confiança que o indicador possibilita.
Ou seja, o resultado do Value at Risk de uma empresa deve estar em determinado limite, que costuma ser de 95%.
Para compreender o conceito do Value at Risk ainda é relevante entender a técnicas para estimar este indicador.
Estimar o VaR
Inicialmente, vale destacar que existem duas técnicas para isto, são o VaR Paramétrico e o VaR Histórico.
Assim, compreender a diferença de ambas é importante para a melhor utilização do Value at Risk.
Paramétrico
O VaR Paramétrico, também conhecido como método analítico, é o estilo em que se utiliza um cálculo composto pela rentabilidade estimada, sendo que para isto é pressuposto que esses dados seguirão uma distribuição normal.
Assim, ao se ter o risco histórico e a rentabilidade esperado, se forma seguinte equação:
- VaR = | R – zδ | V
Em que:
- R = Retorno esperado;
- z = Valor relacionado ao nível de significância;
- δ = Desvio do padrão de rentabilidade do ativo;
- V = Valor investido.
Histórico
Já no VaR Histórico, ou Value at Risk Não Paramétrico, não são consideradas hipóteses ou estimativas sobre o retorno acerca dos ativos neste tipo de método.
Assim, para se mensurar os prejuízos que pode-se ter ao investir em determinado ativo são considerados os rendimentos históricos daquele produto.
Limitação do Value at Risk
Ainda que seja utilizado com frequência entre investidores de risco do mercado de capitais, o VaR possui algumas limitações em seu uso.
A de maior destaque é que este indicador estima a perda potencial dentro de um nível de confiança limitado, assim parte dos riscos de perda não são cobertos por este método.
Além disso, o Value at Risk não é cumulativo.
Assim, está métrica não servirá para analisar o risco total dos ativos que formam uma carteira, pois não é possível somá-los.
Por fim, vale ressaltar que existem algumas técnicas para se calcular o VaR sendo que os resultados entre todas podem ser diferentes.
Ainda assim, o Value at Risk pode ser um indicador importante no momento de se investir em capital de risco, todavia é recomendável que sua utilização não seja independente, isso é, utilizem outros indicadores deste tipo para análise de um ou mais ativos.