Bull trap: conheça mais sobre a “armadilha do urso”

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Bull trap: conheça mais sobre a "armadilha do urso"

As tendências do mercado podem ser um diferencial para investidores que buscam lucrar na bolsa de valores. Todavia, nem sempre as “previsões” se comprovam, fazendo com que este movimento de especulação cause prejuízos. Neste contexto, é útil entender como funciona o bull trap.

Isso porque o bull trap pode causar grandes prejuízos ao investidor, ainda mais se ele não souber identificar tal situação, especialmente para que o investidor não invista em capital de risco sem saber que isto está acontecendo.

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O que é bull trap

O bull trap é um termo utilizado para definir quando os agentes do mercado acreditam que a tendência do mercado é de alta, todavia isto não se prova na realidade.

Ou seja, parte dos agentes do mercado entendem que os movimentos indicam o início de um bull market, isto é, a bolsa de valores e a economia em geral entrarão em um momento de alta.

Contudo, tal cenário não se comprova. E deste cenário de quebra de expectativa surge este termo. Não à toa, em português, significa “armadilha de touro”.

Assim, é comum que investidores que não compreendam tanto a tendência, sofram prejuízos financeiros consideráveis.

Dessa forma, é importante saber como funciona o bull trap.

Como funciona o “armadilha de touro”

É comum que especuladores do mercado analisem os movimentos da bolsa que busquem o nível de resistência, sendo que quando este é elevado, indica o bull market, enquanto, em situações que seja de baixa, é referente ao bear market.

O caso do bull trap é referente a situações em que os especuladores acreditam que o mercado financeiro chegou ao ponto de resistência, sendo que a partir daquele momento a tendência será de alta.

Assim, é comum que o mercado na totalidade se torne otimista com tal cenário, realizando a compra daqueles ativos.

Todavia, este movimento não se sustenta como bull market, fazendo que os preços dos ativos voltem a cair após um período e causando prejuízos a diversos investidores.

Portanto, o investidor que opta por aportar seu capital com base na análise técnica, identificando tendências, deve tomar o cuidado necessário é entender que é um investimento de risco.

Identificando a “armadilha de touro”

Inicialmente, vale destacar que não há uma regra para se identificar um bull trap.

Todavia, existem algumas análises que podem auxiliar o investidor, especialmente na questão de se tomar cuidados.

Nesse sentido, é possível destacar três pontos. São eles:

  1. Cenário econômico;
  2. Qualidade da empresa;
  3. Motivo para valorização.

Caso o movimento do mercado seja de alta, porém a economia em não esteja neste caminho, pode ser que esteja havendo um bull trap.

Além disso, a qualidade da empresa é um bom indicativo, pois o negócio pode estar tendo uma alta por questões excepcionais e não sustentará tal valorização.

Por fim, vale avaliar o motivo da valorização do ativo financeiro.

Caso esteja sofrendo de sobrecompra, é indicativo que ocorra uma reversão no preço dos ativos da empresa.

Enquanto, em situações de sobrevenda, a tendência é que a alta continue.

Riscos da bull trap

Bull trap: conheça mais sobre a "armadilha do urso"

Entre os principais riscos do bull trap é possível destacar alguns pontos, como:

  • Prejuízos financeiros elevados, devido a não confirmação da tendência de alta;
  • Manter ativos que não tem potencial de valorização alto para evitar maiores prejuízos;
  • Maior incidência entre investidores inexperientes, que se deixam levar pelo efeito manada causado pelo bull trap.

Portanto, é importante que o investidor saiba identificar um bull trap e compreenda a gestão de riscos financeiros necessária para tal momento.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).