Candlesticks: conheça uma das ferramentas da análise gráfica

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Candlesticks: Conheça uma as Ferramentas da Análise Gráfica

O número de investidores brasileiros que buscam retorno no curto prazo cresceu nos últimos anos, assim, métodos como a análise gráfica também passaram a ganhar mais destaque no meio. E, entre as ferramentas deste método, o candlesticks virou uma das mais buscadas.

Ainda assim, o candlesticks não tem uma aplicação tão simples, o que pode representar riscos para investidores que não dominam esta técnica. Dessa formam, compreender seu funcionamento é importante para quem utiliza a análise gráfica no estudo sobre empresas de capital aberto.

O que é candlesticks

O candlesticks é uma das ferramentas da análise técnica cujo objetivo é representar graficamente como se portou o preço de um ativo ao longo do tempo, sendo que através desta informação é possível entender o melhor momento para se negociar tal ação.

Ainda vale destacar que este método tem utilidade na análise de diferentes produtos, como índices, ações e minicontratos.

Além disso, está ferramente é conhecida por diferentes nomeações, sendo que às três principais são:

  1. Candlesticks;
  2. Candelabro;
  3. Vela japonesa.

Introduzido o que é, também vale entender a história por trás desta ferramenta.

História do candlesticks

Um dos métodos de análise de preço mais antigos, o candlesticks foi criado no século XII, no Japão, por Munehisa Homma, um comerciante de arroz que passou a utilizar está ferramenta na análise de preços dos contratos deste do produto com que trabalhava.

Pelo resultado favorável em suas negociações, Munehisa ganhou destaque.

Todavia, o candlesticks “chegou” ao mercado financeiro no século XX, nos anos 80, quando o investidor norte-americano Steven Nison passou a usar está ferramenta em suas análises.

Fator que impactou diretamente a análise gráfica, afinal, através da vela japonesa, o número de informações possíveis de se analisar dentro de um gráfico aumentou.

Dessa forma, é necessário entender o funcionamento da técnica de candlesticks.

Funcionamento

Inicialmente, é importante destacar que este indicador serve para medir como o mercado se portou diante de um certo ativo ao longo de um determinado período de tempo.

Para isso, são representeadas quatro informações de preço em cada candle, ou vela. Essas informações mostram os movimentos de preço de um negócio durante determinado período.

Além disso, apontam como foi a psicologia do mercado durante esse período, isso é, como os compradores e vendedores se portaram.

Vale ressaltar que esta técnica pode ser utilizada para a análise de preços de diferentes períodos.

Entre os recortes de tempo mais utilizados, é possível citar, por exemplo, minutos, horas dias, semanas e, até mesmo, como forma de estudar o espaço de tempo de um mês.

O candlesticks ainda sinaliza para dois tipos de preço, o de suporte e o de resistência.

No primeiro caso, a ação está em queda, porém não passa determinado valor.

Enquanto no segundo, uma ação e o mercado estão em movimento de alta, todavia este ativo não ultrapassa determinado valor, tendo assim um “teto”.

Apresentando o funcionamento desta ferramenta, também há a necessidade de demonstrar suas características.

Características

Vale destacar que o candlesticks possui três características principais. São elas:

  1. Período;
  2. Formato;
  3. Cor.

Dessa forma, é necessário se entender o que significam estes três assuntos.

Período

Como citado, uma das principais características desta ferramenta é a capacidade de análise de diferentes recortes de tempo.

Assim, o período de candle se torna uma das características mais relevantes desta ferramenta.

Afinal, ao compreender o movimento de preço que um ativo tem ao longo do tempo, é possível analisar qual é o melhor momento para adquiri-lo.

Formato

O formato também é outra característica marcante desta ferramenta da análise gráfica.

No caso, o formato do candle pode ser dividido em quatro partes, são elas:

  • Fechamento: valor de negociação do ativo ao final do período de negociação;
  • Abertura: valor de negociação do ativo ao início do período de negociação;
  • Mínimo: menor valor de negociação do ativo durante o período de negociação;
  • Máximo: maior valor de negociação do ativo durante o período de negociação.

Vale destacar que as partes de “fechamento” e “abertura” são conhecidas como corpos.

Enquanto as partes de “mínimo” e “máxima” são chamadas sombras, sendo que a máxima é conhecida como sombre superior, e a mínima, sombra inferior.

Cor

Por fim, a cor do candle é outra característica importante de se conhecer por parte do investidor. Isso porque a cor determina se ele está em baixa ou em alta.

Caso o valor do ativo esteja abaixo do preço de abertura, isto significa que ele está embaixo. Geralmente, em casos assim a cor do candle é vermelha.

Enquanto, se o preço da ação está mais elevando na comparação com o preço da abertura, o ativo valorizado. Em situações assim, a cor de representação do candle é verde.

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 Importância do candlestick em uma análise

Candlesticks: Conheça uma as Ferramentas da Análise Gráfica

Como visto até aqui, o objetivo da candlestick é, através da utilização gráfica, apresentar ao investidor quais foram as variações que ocorram no preço de um ativo ao longo de uma faixa de tempo.

Simultaneamente, este dado ainda serve como um termômetro das emoções do mercado sobre determinada ação.

Dessa forma, é possível perceber que o candlestick é um dado relevante para quem se utiliza da análise técnica como método de investimentos.

Afinal, através deste é possível identificar as tendências e reversões do mercado, possibilitando assim ganhos em investimentos de curto prazo.

Além disso, o candlestick também serve para identificar certos padrões de repetição que existem no mercado.

Padrões

Identificar os padrões de mercado é uma atividade relevante para que busca investir no curto prazo.

Para isso, saber identificar os padrões de candlestick se torna uma tarefa importante. Entre os padrões mais comuns, estão:

  • Cunha;
  • Diamante;
  • Flâmula;
  • Ombro-cabeça-ombro (OCO);
  • Ombro-cabeça-ombro invertido (OCOI).

Assim, todas às vezes que estas figuras fizerem parte dos gráficos de candlestick, o investidor deve ficar atento, afinal elas representam um padrão.

Todavia, assim como todo investimento baseado na análise técnica, está não é uma regra presente em 100% dos casos.

Portanto, cabe ao analista ficar atento a outros aspectos do mercado, especialmente visando diminuir os riscos do investimento.

Dessa forma, é possível aproveitar o candlestick da melhor forma, o que ganha ainda mais peso ao se entender a importância desta ferramenta, que, não à toa, é um dos temas de estudo para a Certificação Nacional de Profissionais de Investimento, com ênfase na análise técnica, ou CNPI-T. 

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).