Colateral: entenda como funciona nos investimentos

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Venda a descoberto: saiba mais sobre este tipo de operação financeira

Todo investidor precisa saber das diferentes possibilidades ao aplicar dinheiro no mercado de ações. Uma delas é o colateral.

O uso de colateral nos investimentos pode criar impactos importantes. Por isso é preciso conhecer bem essa possibilidade e entender sobre a rentabilidade é proporcional aos riscos.

O que é colateral?

Colateral é o ativo dado para um credor em garantia para um pagamento de um devedor. Caso o pagamento não seja feito como combinado, o credor pode pedir o colateral financeiro como uma forma de retorno financeiro. Sendo assim, é uma manobra de proteção de crédito. 

O colateral é bem comum nas concessões de dívidas. Para quem já solicitou empréstimos em instituições financeiras esse termo pode soar familiar. Essa manobra também está presente em ativos de crédito, como por exemplo em Certificados de Recebíveis. 

Essa manobra é considerada importante especialmente para os investimentos de renda fixa, mas para entender melhor o que exatamente é um colateral podemos considerar um exemplo bem conhecido: a hipoteca.

Na hipoteca, o devedor dá como garantia de pagamento da sua dívida o imóvel. Assim, caso a dívida não seja honrada, o banco executa o colateral e realiza o leilão do imóvel para quitar a dívida. 

Com isso, os ativos de crédito são considerados seguros quando têm colaterais financeiros. Ou seja, se for investir em crédito privado, saber qual ativo entra como garantia da operação é importante e fundamental no processo de análise de risco de crédito. 

Isso significa que quanto maior for o valor do ativo em garantia na operação de crédito, mais seguro ele é. Assim, os devedores que podem ser considerados arriscados precisam dar o maior colateral para ter garantia de crédito e convencer os investidores a fazerem o empréstimo.

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Impacto nos ativos financeiros

Já que o colateral diminui o risco de crédito e, assim, é mais exigido para ativos que têm um crédito ruim. Isto é, quando o emissor é considerado um mau pagador e não honra suas dívidas e compromissos financeiros. Com isso é possível fazer o gerenciamento de risco. 

As agências de classificação de risco são as instituições que analisam o risco de crédito e atribuem notas que refletem no grau de facilidade ou não do emissor do título da dívida de realmente realizar o pagamento. 

Depois dessa análise, a empresa emissora tem um grau de investimento e indica o nível de segurança para o credor. Se analisarmos o risco de retorno do mercado financeiro, se a nota de crédito for ruim, maior serão os juros solicitados como retorno desse título. 

Sendo assim, essa análise pode tornar o valor do retorno inviável. Com isso, as empresas com notas baixas de crédito têm uma tendência maior a emitir dívidas com colateral, e isso diminui o risco do ativo e, como consequência do colateral, abaixa as taxas de juros. 

Com isso, o colateral é uma boa opção para empresas que têm nota baixa mas precisam desse empréstimo. Assim, é possível deixar uma garantia e quitar a dívida. 

 

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).