Consultor de investimentos: entenda o que faz esse profissional

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No mundo dos investimentos, existem diversos profissionais envolvidos no processo de orientação e escolha de ativos dos investidores. Um deles é o consultor de investimentos.

O consultor de investimentos é um agente financeiro muito importante dentre as profissões do mercado financeiro — principalmente por ajudar o investidor a tomar decisões mais inteligentes em relação como alocar seu patrimônio.

O que é consultor de investimentos?

Quem atua como consultor de investimentos, tem a função de auxiliar o investidor no momento mais decisivo de sua vida, qual seja, a alocação de sua carteira de investimentos.

Dessa maneira, ele define, com base em algumas características dos clientes, como suas necessidades e objetivos, qual é a melhor alocação de sua carteira de investimentos possível, dentro de uma infinidade de produtos.

Dessa forma, pode-se dizer, de certa forma, que esse profissional é uma espécie de “guia” para o investidor. Através de sua atuação, torna-se possível a recomendação de uma carteira de investimentos e a criação de uma estratégia mais assertiva ao cliente.

O consultor de investimentos, é um profissional certificado pela CVM, podendo atuar tanto de forma independente, quanto vinculado a alguma instituição.

Na escolha de atuação de consultoria de investimento independente, é preciso que haja uma certificação CFP, emitida pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.

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É válido lembrar que, não são apenas pessoas que não conhecem sobre investimentos que procuram um consultor. Alguns investidores que já possuem conhecimento, buscam esse profissional no intuito de melhorar as suas decisões e redefinir estratégias.

Portanto, o mercado demanda muito esse tipo de profissional, sendo uma das profissões mais recomendadas para aqueles que desejam ingressar no mercado financeiro.

O que faz o consultor de investimentos?

O consultor de investimentos, como pode se deduzir pelo nome da sua profissão, é responsável por auxiliar pessoas físicas no processo de investimentos de forma independente, uma vez que ele não possui nenhuma relação com uma instituição financeira específica.

Dessa forma, esse profissional será responsável por analisar qual é o perfil de investidor de cada um de seus clientes, uma vez que isso permite que ele desenvolva uma metodologia específica de alocação individual, a depender do conhecimento e das características de cada cliente.

Com o perfil de investidor em mãos, ele passa a coletar todas as informações relativas ao processo de investimentos e cria portfólios para cada um dos perfis, seja ele conservador, moderado ou agressivo.

Com o portfólio definido, é hora de reunir-se com o cliente e demonstrar como ele decidiu pela alocação dos ativos e qual será o plano para alcançar os objetivos definidos no primeiro passo.

Ao implementar a carteira de investimentos, será necessário realizar a otimização de todo o portfólio, isto é, todo o gerenciamento dos percentuais, metas e das mudanças de alocação para cada cenário.

Quanta ganha um consultor de investimentos?

O salário do consultor de investimentos tende a ser muito variado, uma vez que se trata de uma profissão, na maioria, autônoma. Dessa forma, a remuneração é formada por 3 parcelas, sendo elas uma remuneração fixa, uma variável e outra recorrente.

A remuneração fixa ocorre normalmente quando existe um acordo de longo prazo para gerenciamento do portfólio. Dessa forma, as partes definem um valor fixo mensal que será pago.

A parte variável é sobre o patrimônio investido por cada um dos clientes. Com isso, do mesmo modo que ocorre com a remuneração fixa, o percentual variável é definido em comum acordo entre as partes.

Por fim, a receita recorrente pode ser entendida como o pagamento de uma taxa de performance, ou seja, caso a alocação remunere o cliente acima de um benchmark estabelecido, parte do lucro é pago ao consultor.

Como se tornar consultor de investimentos?

Além da certificação, é preciso ressaltar outras características necessárias para entender como ser um consultor de investimentos e, poder atuar de forma competitiva no mercado.

  • Capacidade analítica;
  • Boa comunicação e relacionamento com o cliente;
  • Entendimento sobre os produtos de investimentos.

Afinal, ao contratar uma consultoria, espera-se que haja um planejamento direcionado para as necessidades específicas do consultado.

Quais as certificações necessárias para se tornar consultor de investimentos?

Antes de pensar na certificação, é importante frisar que para realizar a consultoria de investimentos independente, é essencial ter a graduação completa, em qualquer área, com diploma reconhecido pelo MEC e amplo conhecimento sobre o mercado financeiro.

Com esses dois requisitos concluídos, a maneira mais fácil de vincular-se e obter a licença para atuar como consultor é a partir da Certificação ANBIMA de Especialistas em Investimento, o famoso CEA.

Além do CEA, aqueles que possuírem o Certified Financial Planner CFP® também poderão atuar, tendo maior respaldo técnico no momento de conquistar seus clientes.

A atuação de um consultor de investimento

Em primeiro contato, é preciso que o consultor faça um diagnóstico preliminar da carteira de investimentos e, depois, se for necessário, existe uma proposta de readequação. Geralmente, os problemas envolvidos nessa primeira etapa são:

  • Concentração excessiva de um determinado ativo;
  • Investimentos inadequados ao perfil do investidor;
  • Grau de risco maior a capacidade possível.

Posteriormente, será necessário um acompanhamento periódico para que, se for notada a urgência de rebalanceamento e revisão, possa existir uma recomposição do portfólio do cliente.

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Vale destacar a diferença entre gerentes de banco e assessores financeiros, essas duas atividades não correspondem a uma consultoria de investimentos. O consultor é um profissional capacitado e que, precisa buscar capacitação constante para continuar antenado com o mercado e melhorar a sua atuação.

Por isso, mesmo para quem já está no mercado, é imprescindível existir o estudo constante sobre a área e entender os movimentos, não apenas do mercado de trabalho, mas também, dos ativos.

O salário de um consultor de investimentos inicial gira em torno de R$3.000, sofrendo variações conforme as suas qualificações, experiências e região de execução profissional.

Qual a diferença entre consultor de investimentos e assessor de investimentos?

Apesar de apresentarem muitas características em comum, os cargos de assessor de investimentos e de consultor de investimentos diferem muito, principalmente no dia a dia.

Assim, enquanto um assessor de investimentos está vinculado a uma corretora de valores mobiliários, ofertando sempre os produtos da instituição.

Em contrapartida, o consultor não apresenta nenhuma vinculação, podendo ofertar os produtos de qualquer instituição, sempre considerando os melhores ativos para o perfil do investidor.

Além disso, o assessor não poderá recomendar investimentos, estão sujeitos a todas as sanções legais.

A regulamentação do consultor de investimentos com a CVM 592

A instrução CVM 592, criada no ano de 2017, delimita todos os requisitos e regras de como ser consultor de investimentos.

Desse modo, ela aborda questões relativas à atuação, às funções e quais são os produtos que o consultor poderá trabalhar no momento de montar a carteira de investimento de seus clientes.

Soma-se a isso, todas as questões operacionais, isto é, as plataformas utilizadas com vistas a otimizar o processo de consultoria.

Assim, além da certificação, da graduação e do conhecimento a respeito do mercado financeiro, o consultor de investimentos deve se registrar junto a Comissão de Valores Mobiliários e seguir todas as determinações da Instrução CVM 592.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).