Carteira de Investimentos: 7 dicas para você montar a sua!

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Quando o assunto é mercado financeiro, existem diversos termos que ouvimos com certa frequência, mas que nem sempre conhecemos com propriedade. A chamada “carteira de investimentos” pode ser um deles.

Porém, saber o que é e como montar uma carteira de investimentos de forma efetiva é fundamental para obter sucesso em suas aplicações financeiras.

O que é uma carteira de investimentos?

Carteira de investimentos é um termo utilizado dentro do mundo dos investimentos para se referir a junção de todas as aplicações que uma pessoa decidiu realizar com o dinheiro. Também pode ser chamada de cesta de investimentos ou então de portfólio de investimentos.

Em outras palavras, ao longo de sua jornada como investidor, todos os seus investimentos formam a sua carteira de ativos.

Um dos objetivos da carteira de investimentos é fazer com que os recursos do investidor, de forma geral, sejam valorizados com o passar do tempo.

O que é a carteira recomendada?

Apesar de serem termos parecidos, a carteira de investimentos recomendada, como o nome sugere, é uma carteira montada com base nas recomendações de especialistas.

Esse tipo de portfólio é feito por corretoras e também por empresas de análise do mercado de investimentos.

O objetivo desse tipo de carteira é o de indicar tipos de aplicações que tendem a ter melhor desempenho em um período ou em determinado cenário. As situações mais comuns são as alterações políticas e econômicas.

Assim, ela busca auxiliar o investidor em momentos em que possui dúvidas sobre onde investir, quanto investir, quando comprar e até mesmo quando vender cada tipo de ação.

Junto a isso, esse tipo de carteira também oferece um conhecimento mais profundo sobre o mercado e os investimentos indicados. Afinal, são normalmente anexados relatórios com análises detalhadas sobre os esses investimentos.

O tipo de carteira recomendada mais encontrada é a mensal de ação, pela qual as instituições do mercado financeiro recomendam ações que terão provavelmente resultado positivo em um mês inteiro.

Por que é importante possuir uma carteira de aplicações?

A carteira de investimento é parte importante na estratégia de investimento, portanto, é fundamental que seja bem estruturada.

Um atributo particular de uma boa cesta de investimentos é uma rentabilidade positiva que sofre pouco ou nenhum efeito colateral consequente do cenário político-econômico.

Por outro lado, quando a carteira de ações não é bem estruturada, o retorno tende a ser negativo e traz prejuízos ao investidor.

E ao contrário do que se acredita, é possível montar uma boa carteira sem necessariamente investir uma alta quantidade de dinheiro.

Ou seja, é possível iniciar no mundo dos investimentos mesmo com valores considerados mais baixos.

Melhor estratégia para ter uma carteira de investimentos bem estruturada

Seja em menor ou maior intensidade, o risco sempre estará presente nos investimentos.

Nesse sentido, a melhor estratégia para torná-lo cada vez mais baixo em relação à sua carteira é ter uma carteira diversificada, ou seja, não depositar todo o patrimônio em somente um tipo de investimento.

É através da diversificação das aplicações que o investidor se torna mais propenso a estreitar relações entre o risco e o retorno dos investimentos.

Vale ressaltar que para quem opera com valores mais baixos essa estratégia não é tão impactante porque normalmente os ativos não possuem liquidez diária.

Porém, isso não faz com que a diversificação deixe de ser interessante para pessoas com um baixo valor investido.

Logo, podemos concluir que para chegar a melhor carteira de investimentos, seja para pessoas já experientes sobre aplicações como para iniciantes, um fator crucial é a diversificação de ativos.

Afinal, isso garantirá que o investidor obtenha sempre bons rendimentos mensais, mesmo que algum investimento não tenha um resultado satisfatório.

Portanto, para possuir uma cesta de investimentos bem estruturada, o ideal é seguir os seguintes critérios:

  1. É importante escolher os ativos respeitando o seu perfil de investidor;
  2. Fazer de forma diversificada, ou seja, em diferentes ativos;
  3. Defina objetivos para seus investimentos;
  4. Defina prazos para os investimentos;
  5. Entenda a sua tolerância ao risco;
  6. Limite um valor de aporte mensal;
  7. Tenha disciplina de investir todo mês aquilo que estipulou.

Como o perfil do investidor impacta sua carteira de investimentos?

O perfil do investidor é um ponto crucial que irá definir como será composta a cesta de aplicações.

E tendo em vista que temos três possíveis perfis, existem também três possibilidades de carteiras. De tal forma, temos os perfis:

  • conservador: aquele que tem menor tolerância contra riscos e prefere aplicar seu dinheiro em ativos de menor rendimento, mas de menor risco;
  • moderado: um investidor que passa a aceitar riscos a longo prazo, mas não fica muito exposto à possibilidade de perder dinheiro; e
  • investidor agressivo: diferente dos anteriores, esse perfil é mais propenso a arriscar uma vez que deseja lucro, mesmo que para isso seja necessário perder em curto prazo.

Assim, temos a criação de diferentes tipos de carteira, uma conservadora, uma agressiva e uma carteira de investimentos moderada.

Neste último tipo de portfólio, pode ser elaborada uma carteira de fundos imobiliários, destinada para investidores que almejam rendimentos mensais de forma constante e isento de Imposto de Renda, por exemplo.

Vale pontuar ainda que o conhecimento do perfil de investidor é o passo inicial para montar a cesta de aplicações.

E isso ocorre à medida que, dessa forma, a pessoa consegue analisar qual é a tolerância que possui para com os riscos e as possibilidades de retorno.

Como montar uma boa carteira de investimentos?

Para responder à dúvida sobre como montar uma carteira de investimentos, separamos uma série de passos os quais você pode seguir.

O primeiro deles é conhecer o perfil de investidor.

Em seguida a isso, devem ser analisados mais três pontos:

  1. qual a renda disponível para investimentos;
  2. o quanto você conhece sobre o mercado financeiro; e
  3. quanto do patrimônio disponível você pretende investir.

Uma vez ponderados estes pontos, o próximo passo é conhecer, ou traçar, os objetivos, tanto financeiros como pessoais.

Para isso, deve ser feita uma verificação sobre as metas financeiras tendo em vista quanto tempo e quanto dinheiro será necessário para alcançar todas.

Uma dica para este passo é separar os objetivos em três prazos: curto, médio e longo.

Assim, fica mais fácil diferenciar os investimentos e as datas de vencimento dos títulos para cada meta em questão.

Após concluir estes passos, se torna possível definir a estratégia de investimentos a ser tomada, combinando diferentes títulos e ações.

Exemplo prático de carteira de investimentos

Separamos abaixo um exemplo de carteira de investimentos para um investimento de R$10.000.

Este pode ser considerado como um investimento baixo, mas que requer atenção principalmente com as aplicações de renda variável.

Vale lembrar que para as ações como a da Bolsa de Valores, um grande exemplo aqui, existe a taxa de custódia e presença do Imposto de Renda.

Além disso, temos taxas de corretagem, que podem variar entre R$7 e R$20 dependendo da operação de compra e venda.

Sendo assim, algum tipo de movimentação sem um planejamento prévio pode causar prejuízos.

Assim, para quem deseja investir com um montante máximo de até R$10 mil, o mais recomendado é optar por títulos do Tesouro, LCI/LCA ou CDB.

E algo que pode auxiliar para melhorar os investimentos é investir em cursos sobre o mercado financeiro, adquirindo maior conhecimento sobre este ramo.

Quer ser um especialista em investimentos? Conheça a certificação CEA e seja um profissional do mercado financeiro habilitado. 

Carteira de investimentos para iniciantes

Ao montar a primeira carteira de investimentos, existem alguns cuidados os quais quem está entrando no mercado financeiro deve possuir.

E a principal indicação para elaborar a carteira de investimentos para iniciantes, tendo em vista que normalmente muito se erra ao definir o perfil, é não entrar com muito dinheiro.

Assim, o aconselhado é começar com cerca de 5% ou 10% do total dos bens em investimentos que não possuam muito risco, a fim de evitar perder dinheiro.

De toda maneira, é mais fácil construir a carteira de investimentos por meio do auxílio de profissionais aptos a analisar e recomendar ativos, como Consultores e Analistas de Valores Mobiliários.

Por que montar uma carteira de investimentos?

Como visto até aqui, a montagem de uma carteira de investimento é importante para quem busca ter maior controle sobre o risco e retorno de sua atuação no mercado financeiro.

Ou seja, investidores que buscam proteger o próprio patrimônio utilizam a diversificação como ferramenta, isto é, constroem uma carteira de investimentos. 

Afinal, uma carteira diversificada dilui os riscos dos ativos financeiros que fazem parte do portfólio, especialmente quando é mesclado produtos de renda fixa e renda variável.

Simultaneamente, ainda é possível identificar ativos que estão dando prejuízo ou produtos com lucro acima do esperado, fazendo o mapeamento acerca do portfólio ser mais exato. 

Consequentemente, elaborar uma estratégia de investimento baseada em uma carteira se torna uma tarefa mais simples e eficaz.

Portanto, os riscos estarão dentro do que o investidor encara como aceitável, fazendo com que a gestão da carteira de investimentos seja mais prática para o investidor, especialmente no que se refere à diversificação de ativos.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).