Depressão econômica: um ciclo na vida dos investidores

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Assim como a natureza apresenta ciclos, a economia e os mercados também estão sujeitos a eles. Dessa maneira, existem momentos de maior pujança e aqueles em que a depressão econômica se instala.

Muitos desses momentos de depressão econômica já foram vividos pelos investidores, com ênfase para as duas maiores crises que o mundo já viu, a crise de 1929 e a crise hipotecária de 2008.

O que é depressão econômica?

A depressão econômica nada mais é do que o período em que o Produto Interno Bruto de um país cai cerca de 10% ou, em alguns casos, pode ser caracterizada pela queda da atividade durante quatro anos ou mais.

Em suma, o estado de depressão na economia está intimamente relacionado à intensificação de um estado de recessão na economia.

O cenário econômico para caracterizar esse estado é basicamente a queda vertiginosa do PIB, a redução da produção e uma queda na taxa de ocupação.

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Causas e consequências

Como grande parte dos fenômenos econômicos, as causas de uma depressão dependem de diversas circunstâncias e tem seu estopim por diferentes meios.

Apesar disso, é de certa forma padronizado entre algumas correntes econômicas que a falta de organização dos estados gera momentos em que a economia começa a passar dificuldades.

Essa falta de organização impacta, principalmente, essas 3 áreas:

  1. Distribuição de renda
  2. Setor produtivo
  3. Mercado financeiro.

Com o cenário de depressão instalado em uma economia, como ocorreu com a crise financeira de 1929, ocorre a diminuição no nível de empregos, do consumo, do comércio internacional, aumento dos gastos do governo e tentativas de correções via taxa de juros.

Características de uma depressão econômica

Apesar de ocorrer em quantidades bem menores do que a recessão ou a estagnação, o seu impacto é enorme para a economia de um país, podendo até mesmo se espalhar para outros mercados, como ocorreu no ano de 2008.

Assim, pode-se entender como atributos de uma depressão:

  • Elevado nível de desemprego;
  • Aumento da inadimplência;
  • Falências;
  • Crises em cadeia.

Mas qual a diferença de uma depressão para uma recessão?

É notório que alguns termos parecidos passem a se tornar sinônimos quando são veiculados e, no caso de recessão e depressão, não seria diferente.

Entretanto, é primordial saber identificar quais são as diferenças entre os dois estados em que uma economia pode se encontrar.

Nesse contexto, a recessão econômica pode ser antecipada quando as curvas de juros se invertem e é caracterizada por uma minoração na atividade econômica, acarretando desemprego e redução de lucros.

Por outro turno, a depressão é muito mais intensa, uma vez que ocorre uma redução do nível de atividade de um país de forma extrema, causando grandes impactos no mercado financeiro e no dia a dia da população.

Considerações finais

No mercado financeiro, mais especificamente nos investimentos, entender sobre indicadores econômicos, macroeconomia e ciclos de mercado é essencial.

Nesse sentido, além de buscar entender as causas e consequências, o investidor deve procurar quais os indicadores antecessores de uma grande depressão. 

 

 

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).