Emolumentos: conheça mais sobre a taxa de cobrança

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Emolumentos: conheça mais sobre a taxa de cobrança

Antes de se iniciar uma jornada de investimentos no mercado financeiro, é recomendado que o investidor estude sobre a área e seu funcionamento. Nesse sentido, ter compreensão sobre as taxas cobradas é importante, especialmente para não ser surpreendido posteriormente, e, dentre estas taxas, vale a atenção aos emolumentos.

O que não é à toa, pois os emolumentos estão presentes em grande parte das negociações de compra e venda, sendo que esta taxa incide inclusive no mercado monetário.

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O que são os emolumentos

Os emolumentos, também conhecidos como taxa de negociação, são taxas cobradas pela B3 e pela Companhia Brasileira de Liquidação de Custódia (CBLC) sobre as negociações realizadas quando os investidores realizam transações de ativos, isto é, este valor é incidido sobre as operações de compra e venda de ações.

Ainda que esteja tão presente na rotina de investimentos do investidor, muitos não entendem seu funcionamento.

Além disso, já há uma confusão acerca desta taxa, especialmente por os emolumentos serem mais conhecidos pela sua incidência em cartórios.

Portanto, entender seu funcionamento é útil para qualquer investidor que realiza algum tipo de operação no mercado financeiro.

Funcionamento dos emolumentos

Como visto até aqui, a taxa de negociação é um valor cobrado sobre as transações que ocorrem no mercado financeiro, sendo que seu valor é referente ao volume total da negociação.

Assim, o investidor que realiza uma negociação no mercado, pode ter acesso ao montante cobrado através da nota de corretagem.

Tal documento costuma estar disponível para o acesso no aplicativo utilizado pelo investidor ou no site da corretora de valores responsável pela operação.

Além disso, vale destacar que tal taxa incide tanto sobre negociações realizadas na mesa de operação, quanto no Home Broker.

Todavia, este valor representa menos de 0,1% do volume negociado no mercado financeiro nacional.

Ainda assim, em negociações de grande porte, tal porcentagem tende a ter uma representação mais destacada.

Portanto, entender como é feito o cálculo da taxa de negociação é útil.

Construção do cálculo da taxa de negociação

Inicialmente, vale destacar que o cálculo dos emolumentos de uma negociação é realizado pela B3 e passado posteriormente para a corretora.

Ainda é necessário reforçar que o valor dos emolumentos é equivalente ao volume da negociação.

Dessa forma, os emolumentos incidem de forma diferente nas negociações da bolsa de valores, mesmo que o cálculo seja mantido o mesmo em qualquer tipo de operação.

Nesse sentido, também vale destacar que os tipos de impostos cobrados ainda são o mesmo, que no caso são o Imposto Sobre Serviços (ISS) e a taxa de liquidação, sendo que este último é cobrado pela CBLC.

No caso do ISS, este valor tende a mudar de acordo com as regras de cada município.

Enquanto, a taxa de liquidação vai oscilar de acordo com a parte que está realizando o investimento, isto é, se é um fundo de investimento ou uma pessoa física.

Vale destacar que o perfil do investidor e o volume de negociação também tendem a afetar a taxa de negociação.

Assim, existem três fatores principais que fazem com que os emolumentos sofram variações. São eles:

  1. Período da negociação: se ocorre em um tempo normal ou se tem início e acaba no período de um pregão (day trade);
  2. Perfil do investidor, podendo ser pessoa física ou investidor institucional;
  3. Volume investido.

No caso de instituições como o clube de investimento e fundo de investimento, as taxas cobradas são menores, visto que as movimentações tendem a ser mais elevadas.

Como pagar a taxa de cobrança

O comum é que a taxa de cobrança seja contabilizada após o pregão da bolsa de valores, sendo que o mesmo é descontado nas operações que ocorreram ao longo do dia.

Assim, a B3 realiza a tarefa de definir o percentual a ser pago em emolumentos.

Em seguida, tal valor é repassado para as corretoras, que fazem as deduções nas negociações que ocorreram durante o pregão.

Após isto, a taxa de cobrança é repassada para B3. Sendo que é neste passo que o investidor descobre o valor que foi taxado.

Ainda vale destacar que todo o processo é feito de forma automatizada, além disso, existe segurança em todas as etapas do pagamento dos emolumentos.

Como os emolumentos incidem nos investimentos

Emolumentos: conheça mais sobre a taxa de cobrança

Saber como incidem os emolumentos da bolsa de valores também é outro passo útil para os investidores do mercado financeiro.

Inicialmente, é importante salientar que o investidor não precisa se preocupar em como calcular o valor a ser pago, visto que tal tarefa fica a cargo da corretora.

Todavia, é necessário ficar atento ao valor total que será pago nas operações, visto que quanto maior o volume, maior será a taxa de cobrança.

Outro ponto acerca do assunto é que investidores que buscam retorno no longo prazo tendem a pagar menos emolumentos.

O que não é à toa, afinal este tipo de investidor realiza menos operações de compra e venda no mercado.

Assim, é natural que não haja o pagamento em excesso da taxa de negociação.

Situação diferente do que ocorre com investidores de curto prazo, visto que, em determinados casos, estes iniciam uma operação e encerram em questões de dias, minutos e, até mesmo, segundos.

Portanto, é natural que o volume de emolumentos pago por este perfil de investidor seja mais elevado, visto que o mesmo realiza diferentes operações em um curto espaço de tempo.

Outras taxas

Por fim, vale destacar que existem outras taxas voltadas para os investidores, das quais é possível citar as taxas de:

  • Corretagem;
  • Carregamento;
  • Imposto de renda;
  • Administração;
  • IOF;
  • Custódia;
  • Performance.

Ou seja, além da taxa de cobrança, existe mais uma série de cobranças que o investidor pode ter que pagar.

Dessa forma, ficar atento ao funcionamento destas e entender em quais é possível ter desconto ou, até mesmo, exclusão é relevante.

Por exemplo, existem diversas instituições financeiras em que as taxas de corretagem e de administração são zeradas.

Portanto, o investidor deve buscar condições que favoreçam ao seu perfil de investimentos e fazer uma análise sobre as cobranças que ocorrerão ao longo do processo.

Para isto, a compreensão acerca da cobrança dos emolumentos e a escolha de uma corretora de valores são passos de grande relevância no processo para investir.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).