Fundos de Investimento Internacionais: entenda o que é

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Fundos de Investimento Internacionais

Com a queda da taxa Selic nos últimos anos, onde atingiu seu menor patamar histórico, muitos investidores vêm buscando opções “alternativas” para elevar seus ganhos, e dentre as escolhas os Fundos de Investimento Internacionais tem ganhando destaque.

Esse momento positivo dos Fundos de Investimento Internacionais vem fazendo com que os certificados voltados para investimentos alternativos e com renome global ganhem cada vez mais espaço, como é o caso do Chartered Alternative Investiment Analyst (CAIA).

O que são fundos de investimento internacionais

 

Como o próprio nome já indica, os fundos de investimento no exterior são fundos de investimento que possuem mais de 40% de sua carteira atreladas a ativos estrangeiros e, ainda assim, são negociados no mercado nacional.

No geral, esse tipo de fundo funciona do mesmo modo que outros fundos tradicionais, em que é criado uma espécie de carteira teórica, sendo essa oferecida aos investidores com perfis semelhantes.

Vale ressaltar que quanto maior capital reunido no fundo, mais possibilidades e liberdade o gestor especializado terá no momento de escolher investimentos.

Ainda assim, é necessário ressaltar a importância no momento da escolha de um investimento estrangeiro, sendo que a procura por fundos que vão de encontro ao perfil de quem investe são sempre importantes.

Por isso vale destacar alguns tipos de fundos internacionais que existem.

Tipos de fundos estrangeiros

Assim como no mercado financeiro nacional, fora do país existem inúmeras possibilidades de investimentos, portanto é fundamental que seja feita uma pesquisa minuciosa sobre as peculiaridades de cada um por parte do investidor.

Vale o destaque para três específicos:

  1. fundos de renda fixa;
  2. fundos de renda variável;
  3. fundo cambial.

Por serem mais convencionais, faz-se necessário a especificação de cada uma dessas opções.

Fundos de renda fixa

Fundos de renda fixa no exterior são compostos por investimentos, em sua maior parte, de renda fixa.

Vale destacar que no caso dos internacionais, essa modalidade se baseia, especialmente, na aquisição de debêntures de multinacionais e na venda e compra de títulos públicos de países, sejam eles potências ou emergentes.

Por se tratar de um negócio de renda fixa, esse tipo de negociação ainda possibilita uma maior proteção ao patrimônio do investidor.

Fundos de renda variável

Seguindo a mesma linha do que foi explicado no tópico anterior, as características do fundo de renda variável se assemelham em quase todo globo.

No caso dessa opção, a carteira é composta por ativos de renda variável, ou seja, negócios que não possuem sua rentabilidade pré-determinada.

Nesse caso, os fundos internacionais de renda variável tendem a ser formados por títulos de Exchange Traded Funds (ETFs), ações e cotas de outros fundos de investimentos.

Como características, esse tipo de investimento costuma possibilitar rendimentos maiores, mas o risco também é maior.

Fundo cambial

O fundo cambial tem seu patrimônio dedicado à venda e compra de moedas, principalmente o dólar americano.

Vale destacar que a volatilidade neste tipo de investimento é constante, porque ele é baseado em sistemas econômicos nacionais.

Por isso é necessário entender com funcionam os indicadores macroeconômicos da nação em que se deseja investir, afinal essa é uma ferramenta que pode auxiliar no momento de escolher um fundo.

Apresentado as opções, também é necessário destacar os riscos dos Fundos de Investimento Internacionais.

Riscos de investir no mercado internacional

Em qualquer tipo de investimento no mercado financeiro, existem uma série de variantes que podem gerar riscos ao investidor, entre elas estão, por exemplo os riscos de:

  • Mercado;
  • Crédito;
  • Liquidez;
  • Inflação;
  • Taxas de juros;
  • Capital;
  • Resgate antecipado;
  • Reinvestimento;
  • Entre outras questões.

De qualquer forma, os fundos internacionais possuem uma especificidade complexa, isto é, investimentos nesta modalidade expõem o investidor à outra economia.

Ou seja, um dos fatores preponderantes para se obter bons rendimentos é analisar e entender a economia do país, ou países, no qual se está alocando o capital.

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Quem deve investir em fundos de investimento internacionais

Fundos de Investimento Internacionais

Antes de indicar quais perfis se encaixam nesta modalidade de investimento, vale apresentar o motivo pelo qual o investimento no exterior só ter ganhado espaço nos últimos anos.

Histórico dos fundos internacionais no Brasil

O Brasil representa apenas 1% do mercado de ações global, ainda assim, 99% dos investimentos realizados pelos brasileiros acontecem no mercado financeiro nacional.

Mas alguns motivos explicam essa “impopularidade” do mercado internacional.

Inicialmente, o mercado financeiro nacional era restrito até o início do milênio, sendo que ele começou a ganhar maior destaque com a população em geral somente na última década.

Além disso, até a primeira década dos anos 2000, não havia tantas opções de investimentos no exterior, sendo que, as que existiam, demandavam um grande aporte financeiro.

Situação que só começou a ser alterada nos últimos anos, especialmente após alguns fundos negociados na B3 passarem a ter participação em grandes bolsas de valores pelo mundo, como a NYSE.

Tais fatores contribuíram com que os fundos estrangeiros entrassem no radar de um número cada vez maior de brasileiros que estão no mercado financeiro.

Perfil dos investidores em fundos internacionais

Com o cenário dos juros e alta histórica do dólar, muitos investidores têm buscado caminhos alternativos para alocar seu capital.

Portanto, os fundos estrangeiros surgem como essa opção de caminho, ainda assim é necessário ressaltar, novamente, a complexidade desta modalidade.

Não à toa, a própria Comissão de Valores Mobiliário (CVM) indica os fundos estrangeiros para pessoas que estão a mais tempo no mercado e, especialmente, têm mais capital investido.

Por parte desses investidores mais experientes, no geral, eles se encaixam em perfis de investidores moderados e arrojados.

Além disso, a tendência é que a busca por fundos estrangeiros faça parte de uma política de diversificação da sua carteira de investimentos.

Ainda mais quando analisado o contexto e instabilidade econômica e política que o Brasil vive há quase uma década.

Dessa forma, os perfis que mais se encaixam na busca dos Fundos de Investimento Internacionais são os do investidor profissional e investidor qualificado, ou seja, agentes com maior experiência e capital no mercado financeiro.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).