Margem de garantia: saiba sobre este importante valor financeiro

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Margem de garantia: saiba sobre este importante valor financeiro

O mercado financeiro possibilita com que seus investidores possam tomar diversas estratégias em busca de lucros, assim é comum que não exista uma receita exata para se obter sucesso na bolsa de valores, sendo possível inclusive investir sem alocar capital diretamente. Todavia, para isto acontecer, o investidor deve se atentar à margem de garantia.

Além disso, a margem de garantia é de importância para quem busca investir no mercado futuro, todavia, assim como algumas alternativas e produtos do segmento, como a boutique de investimentos, esta não é uma prática tão conhecida, ainda mais entre investidores iniciantes.

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O que é a margem de garantia

Margem de garantia é um valor que o investidor possui com a corretora para realizar determinados investimentos na bolsa de valores. 

Assim, este valor é voltado especialmente para negociações relacionadas ao mercado futuro e para a prática de alavancagem, pois servirá como uma garantia financeira para serem executadas ações deste tipo.

Tal prática serve para que a corretora se proteja em situações que o investidor tenha prejuízo. Pois, tal margem serve para a empresa cobrir tais perdas.

Todavia, caso o investidor obtenha retorno em suas decisões, tal valor retorna para o mesmo.

Ainda vale destacar que o mais comum é que as instituições financeiras solicitem, como garantia, entre 1,5% a 25% do valor da operação.

Contudo, este montante pode variar de acordo com três fatores. São eles:

  1. Tipo de negociação;
  2. Contrato;
  3. Prazo da posição.

Portanto, o investidor deve ter atenção às regras impostas pela corretora de valores em negociações do mercado financeiro que exijam margem de garantia.

Inclusive, é possível utilizar outras garantias financeiras que vão além do dinheiro.

Garantias financeiras

Corretoras também costumam aceitar ativos financeiros como margem de garantia, sendo que em caso de execução, tais negócios são vendidos para cobrir o prejuízo.

Dessa forma, o investidor deve ter atenção a qual ação tomar no momento de deixar a garantia com a instituição financeira.

Para isso, saber os produtos financeiros aceitos é importante.

Nesse sentido, é possível listar, por exemplo:

  • Títulos privados (aprovados pela corretora);
  • Títulos de commodities;
  • Certificado de Depósito Bancário (CDB);
  • Ações negociadas na B3;
  • Títulos públicos do Tesouro Direto.

Quando a margem de garantia é utilizada

Margem de garantia: saiba sobre este importante valor financeiro

Como visto até aqui, o valor posto em garantia é executado quando o investidor encerra o pregão negativo, ou seja, tal montante é utilizado para cobrir o prejuízo.

Tal processo se dá do seguinte modo:

  • Se constata um valor negativo na conta do investidor e o mesmo é informado que deve quitá-lo;
  • A corretora de valores coloca um prazo limite para que aquele valor seja pago;
  • O ajuste diário será realizado feito no final do pregão, sendo que o investidor terá até antes daquele momento para realizar o pagamento;
  • Após o ajuste diário, caso não seja feito o pagamento, as posições abertas do investidor serão liquidadas;
  • Posteriormente à liquidação das posições, a margem de garantia será desbloqueada.

Vale destacar que tal prática é utilizada para preservar outros investidores, sendo que através desta medida contra prejuízos é possível manter a posição de terceiros.

Ou seja, a margem de garantia serve como uma garantia para o funcionamento do mercado. Assim, é importante que o investidor considere tal valor no momento de realizar o gerenciamento de risco de seus investimentos.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).