Microcrédito: a alternativa para os pequenos empreendedores

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Para aqueles microempreendedores, sejam eles formais ou informais, que não possuem acesso ao mercado financeiro tradicional, o microcrédito é uma excelente saída para financiar a evolução do seu negócio.

Nesse sentido, o microcrédito tem como característica básica ser voltado aos pequenos empreendedores, possibilitando acesso a empréstimos com taxas de juros menores do que as ofertas no mercado.

O que é microcrédito?

O microcrédito é uma forma de empréstimo voltado para os pequenos empreendedores, os quais anseiam por melhorias em seu negócio e, até mesmo, a expansão das suas atividades, área de atuação, entre outros.

Importante lembrar, que essa modalidade de crédito é uma proposta do Governo Federal como forma de dar maiores incentivos a esse grupo de empresários, que muitas vezes não tem acesso a crédito barato, como ocorre com grandes empresas.

Nesse sentido, o microcrédito tem como foco atender as empresas com um faturamento anual bruto de até R$ 360 mil e, pessoas físicas que buscam abrir uma empresa, como é o caso de:

  • Faxineiros;
  • Cabelereiros;
  • Artesãos;
  • Revendedores;
  • Entre outros.

Quanto é a taxa de juros?

Como a busca por crédito pode ser muito complexa, para esses empreendedores que faturam próximo a R$ 360 mil, o governo regulou via lei que a taxa de juros não poderia ultrapassar os 4% ao mês.

Uma vez que grande parte dos empréstimos pessoais giram em torno de 6% ao mês, as pessoas de baixa renda optam por essa modalidade, uma vez que ela é mais vantajosa.

Assim, é comum ver no mercado taxas de microcrédito que cobram 3% de taxa de juros ao mês, possibilitando que os pequenos empreendedores alcancem o sonho de abrir e/ou aumentar o seu negócio.


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Como contratar o microcrédito?

Por ser um programa do Governo Federal, tomar esse tipo de crédito tende a ser um pouco mais criterioso, por isso, antes de buscar essa linha de empréstimo nos bancos, é necessário separar os seguintes documentos:

  1. Ser maior de idade;
  2. Apresentar os documentos que comprovem a abertura e a situação em que a empresa se encontra (Pessoa Jurídica, inclusive MEI);
  3. Os motivos que levaram a optar por essa linha de crédito;
  4. Análise financeira e de viabilidade para o empréstimo.

Sendo aprovado o empréstimo, o limite a ser emprestado irá variar de acordo com cada banco, os quais devem ser consultados pelos microempreendedores.

Um exemplo de empréstimo seria o feito pela Caixa Econômica Federal, o qual gira em torno de R$ 300,00 a R$ 15 mil, os quais, geralmente, são parcelados em até 12 vezes.

Assim, ao obter o valor desejado, independente de qual banco você utilizou para acessar o microcrédito, é primordial se atentar que esses valores têm destino específico, ou seja, devem ser utilizados para o crescimento dos pequenos empreendedores.

Por esse motivo, além de se programar para entender se consegue fazer frente ao empréstimo, mesmo que ele possua taxas mais baixas e, se o que quer fazer entra no rol de requisitos, é essencial.

Quais são as condições para obter microcrédito?

As determinações para que ocorra a liberação dos recursos do microcrédito são determinadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Nesse sentido, a primeira condição está relacionada a receita de quem irá contratar o empréstimo, a qual não poderá passar de R$ 360 mil. 

Soma-se a isso, o fato de que é necessário que o contratante se enquadre em pessoa física ou jurídica que deseja abrir um negócio que realize atividades produtivas de pequeno porte.

Outra condição para que o crédito seja liberado está relacionada à utilização do dinheiro, que de forma geral deverá ser destinado a utilização para projetos específicos.

Dessa forma, o crédito é destinado a capital de giro e para investimentos na empresa, os quais incluem a obtenção de novo maquinário, equipamentos e, até mesmo, matérias primas.

Quais os valores disponíveis?

Para entender melhor quais são os valores disponíveis, é essencial entender que ele irá, assim como o prazo, variar de acordo com a instituição financeira que está liberando o empréstimo.

Dessa forma, o microcrédito pode ser acessado através do Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e Itau.

No caso do Bradesco, o prazo médio de pagamento gira em torno de 4 a 12 meses e existe um valor mínimo de R$ 500,00 a ser emprestado. 

No que versa o limite, para a primeira solicitação existe uma trava de até R$ 3 mil, podendo chegar, no decorrer das solicitações, a R$ 15 mil.

Já no caso da Caixa Econômica Federal, o prazo máximo de pagamento é maior, chegando a 24 meses. O valor mínimo de empréstimo é de R$ 300,00 e, o valor máximo, R$ 15 mil.

Da mesma forma como ocorre na Caixa, o Santander também possui um prazo máximo dilatado, chegando a 24 meses, entretanto apresenta um valor mínimo maior, de R$ 500,00 e um a valor máximo de R$ 15 mil.

Por fim, o Itau apresenta um prazo médio para pagamento de 12 meses. No que versam os valores, o mínimo é de R$ 400,00 e o máximo, R$ 14.200,00, apresentando uma taxa de 4% ao mês, a qual tende a reduzir a cada vez que os valores são renovados.

Como escolher o melhor tipo de empréstimo?

Apesar de ser acessível a uma parcela da população que muitas vezes não tem acesso a melhores condições, existem outras modalidades de crédito disponíveis no mercado.

Dentre essas modalidades, tem-se o empréstimo consignado privado e público, empréstimo com garantia, empréstimo pessoal, cheque especial, entre outros.

Por esse motivo, torna-se essencial entender qual o melhor tipo de empréstimo que se enquadra para cada situação.

O primeiro passo para saber se vale a pena ou se está de acordo com as necessidades e as condições de pagamento, é necessário comparar as taxas entre os empréstimos.

Após avaliar o custo nominal do empréstimo, é primordial que o contratante se atente a CET (Custo Efetivo Total), que nada mais é do que o total de todos os encargos, taxas, juros e despesas.

Nessa linha, é primordial se atentar a ofertas discrepantes no mercado e, além disso, pesquisa muito sobre a instituição financeira que está ofertando o crédito.

Assim, ao se preocupar com todos esses detalhes e, encaixando-se nas regras para obtenção do microcrédito, ele será uma excelente ferramenta para alavancar os negócios dos microempreendedores.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).