O que é Renda Ativa e como buscar outros tipos de rendimento?

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Renda Ativa

Quando o assunto é renda, não precisa ser mestre em mercado financeiro para entender que os pagamentos são obtidos pela troca de um serviço por dinheiro. Essa é a essência da renda ativa.

Além do tempo, que pode ser de segunda a sexta, das 9h às 18h, o profissional é pago pelo seu trabalho que garante o salário todos os meses. No entanto, assim como a renda ativa, há outras maneiras de turbinar a arrecadação mensal.

O que é renda ativa?

Renda ativa é, basicamente, a receita gerada a partir do esforço de cada um. Ou seja, é conquistada mediante algum trabalho, que pode ser tanto por carteira assinada ou por serviços autônomos.

O conceito é simples. Por exemplo, se você é empregado de alguém e recebe todos os meses por isso, o seu salário é a sua renda ativa, já que esse faturamento só acontece porque é necessário dedicar o próprio tempo e energia, seja em trabalhos que exigem força física ou mental.

Veja três exemplos fáceis de entender:

  1. Márcio é analista de marketing e recebe um salário por sua atuação na agência;
  2. Jaqueline é gerente de um banco e sua renda é obtida através de seu trabalho ativo diário;
  3. Mariano é balconista de uma confeitaria e ganha salário mensal + comissões por vendas.

É importante frisar que nessa modalidade os ganhos só são obtidos quando se trabalha ativamente. Dessa maneira, se porventura você deixar de trabalhar, esse rendimento é nulo.

A renda ativa é a maneira mais tradicional de ganhar dinheiro e existe desde quando o mundo passou a compensar pelo trabalho das pessoas. Isso veio ainda no Império Romano, mas naquela época o salário não era precisamente em dinheiro como hoje em dia.

Em resumo, quando pensamos em como gerar renda ativa, o salário – que pode ser compreendido como a renda ativa – é o preço oferecido pelo empregador aos funcionários por sua força de trabalho em um período determinado, semanal ou mensal.

Riscos relativos à renda ativa

Apesar de ser a maneira mais simples de ganhar dinheiro, viver apenas de renda ativa pode trazer um pouco de instabilidade.

Como o rendimento só aparece quando você trabalha, os seus ganhos podem correr riscos se algo acontecer, como um acidente, imprevisto ou demissão.

Ser dependente de uma ou mais rendas ativas significa também que você é dependente de outra pessoa para ser pago. Além disso, ao vender seu tempo por dinheiro, você perde muita flexibilidade na maneira como o gasta.

Outra questão é que você só pode vender seu tempo uma vez.

Vamos supor que você seja um prestador de serviço, como a diarista Cláudia. Ela recebe R$ 50 para limpar a casa de dona Joana por duas horas. Mas ela não pode fazer mais nada com essas duas horas ou vendê-las para outra pessoa.

Dessa forma, Cláudia está presa em um ciclo constante: precisa de dinheiro para viver, então vende algum tempo para obtê-lo, mas esse tempo acaba.

Então, viver só de rendas ativas não é financeiramente confortável porque, a qualquer momento, é possível encontrar problemas por causa da falta de planejamento. Por isso, vale a pena conhecer outras formas de ganhar dinheiro, como a renda passiva.

Renda passiva e renda ativa podem ser complementares, mas no melhor dos mundos, o ideal é depender apenas da renda passiva.

O que é renda passiva?

Enquanto a renda ativa exige trabalho e tempo para ser obtida, a renda passiva é a forma de receber sem fazer “nada”. Em aspas, é claro, porque a renda não vai cair do céu e contar com a sorte na loteria não é a melhor maneira de pensar em ganhar dinheiro.

Até chegar ao ponto de não ter que mover uma palha sequer para conquistar fundos, há um caminho a ser trilhado, que apenas seu planejamento financeiro vai definir se é curto ou longo. É preciso dedicação e é aconselhado ter algum capital para começar nessa nova modalidade.

São várias as formas de conseguir a renda passiva, como aluguel de imóveis, fazer investimento por renda fixa, rendimento por royalties, lucro obtido por ser dono de alguma empresa, ou receitas vindas de blogs e canais do YouTube, por exemplo.

Então, vamos entender melhor a diferença entre renda ativa e passiva ainda com o exemplo da diarista Cláudia.

Se a diarista Cláudia decidir escrever um e-book e publicar nas plataformas digitais, ela pode continuar vendendo suas horas para dona Joana e outros clientes, ao mesmo tempo que seu livro é vendido para outras pessoas na internet. Dessa forma, Cláudia fecha o mês com receitas de renda ativa e passiva.

Renda ativa x renda passiva

É um mito que a renda passiva não leva tempo, a equação é apenas diferente. A chave é que, em vez de vender unidades individuais de tempo, é investida a esperança de um retorno maior.

Fazer como Cláudia exige dedicação – e em dobro. Um e-book não fica pronto da noite para o dia, ao passo que ela não pode abandonar os clientes para se empenhar apenas ao novo ofício de escritora.

Para garantir as duas rendas, em um dado momento, Cláudia teve que conciliar as duas profissões, mas hoje ela continua suas faxinas vendendo seu tempo (renda ativa) e recebendo os lucros vindos da venda do e-book (renda passiva).

Assim, ao administrar bem o seu dinheiro, é possível ter uma renda passiva que pode permitir a redução gradual dos esforços de renda ativa, como aceitar um emprego que trabalha menos horas ou a capacidade de se aposentar mais cedo.

A renda passiva pode fazer a diferença entre viver bem e de maneira confortável.

Conclusão

O ideal não é escolher entre um tipo de rendimento ou outro, mas sim manter os dois, porque é possível obter ganhos com rendas ativa e passiva ao mesmo tempo.

Agora, se você ainda não possui uma renda passiva, precisa já procurar maneiras de recebê-la e um bom começo é pesquisar sobre tipos de investimento.

A renda ativa é provavelmente a mais fácil de ganhar, porque você trabalha e ganha pagamentos relativamente instantâneos. Com a renda passiva, pode levar meses ou anos para obter fluxos de renda consistentes que substitua o trabalho assalariado.

A dica do Certifiquei é continuar com a renda ativa e dedicar seu tempo livre para criar e planejar fontes de renda passiva para ampliar o faturamento no fim do mês.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).