Carteira hipotecária: saiba mais sobre este tipo de financiamento

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Carteira hipotecária: saiba mais sobre este tipo de financiamento

Investir em um imóvel pode ser uma alternativa interessante, todavia, antes de financiar um negócio deste tipo é importante entender as opções existentes e qual se encaixa no perfil do investidor. Neste contexto, vale destaque para a carteira hipotecária.

Isso porque a carteira hipotecária possui algumas particularidades que podem ser benéficas para a pessoa que busca a aquisição de um imóvel, isto é, a depender da modelagem financeira, este tipo de financiamento pode ser vantajoso frente às outras opções disponíveis.

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O que é carteira hipotecária

A carteira hipotecária é um financiamento imobiliário disponibilizado pelas instituições financeiras, tanto para pessoa física quanto jurídica, tendo como objetivo financiar a aquisição de qualquer tipo de imóveis.

Um dos principais diferenciais deste tipo de financiamento é que, através da carteira hipotecária, o contratante se torna dono do ativo imobiliário, ainda que, temporariamente, o nome da credora apareça como proprietário.

Ou seja, até o final do contrato a credora ficará registrada como dona daquele ativo.

Tal modelo possibilita algumas vantagens para ambas as partes, sendo possível destacar três em especial:

  1. Maior segurança por parte da credora;
  2. Linhas de crédito mais interessante a depender do perfil do contratante;
  3. Valor do financiamento disponível mais elevado.

Assim, ao se tornar um tipo de financiamento com maiores seguranças, as instituições financeiras conseguem disponibilizar linhas de crédito mais interessantes.

Não à toa, a carteira hipotecária é utilizada em financiamentos de imóveis com valor acima de R$500 mil.

Características da carteira hipotecária

Entre as principais características da carteira hipotecária, é possível destacar:

  • Inexistência de um valor mínimo ou máximo de financiamento;
  • Liberação de 30% a 60% do financiamento do ativo imobiliário;
  • Taxas de juros entre 14% e 18%.

Ou seja, ao mesmo tempo que não existe limitação no valor referente ao financiamento da carteira hipotecária, as taxas de juros são mais elevadas se comparadas a outros tipos de empréstimos imobiliários.

Dessa forma, é importante conhecer outras opções existentes no mercado, como, por exemplo, o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).

SFH e SFI

Carteira hipotecária: saiba mais sobre este tipo de financiamento

O SFH e o SFI são outras opções de financiamento imobiliário existentes no mercado. Assim, conhecer o funcionamento de ambos é útil para quem busca investir em imóveis.

No caso do Sistema Financeiro de Habitação, a principal grande diferença é que este só é disponível para pessoa física, sendo que o valor do contrato pode comprometer no máximo 30% da renda familiar do contratante.

Ainda vale destacar que as taxas de juros neste tipo de contratação podem ser negociadas com a instituição financeira.

Enquanto, o Sistema Financeiro Imobiliário, é mais aberto, possibilitando tanto que pessoa física quanto jurídica realize a contratação deste crédito.

Além disso, não há um limite de quanto da renda familiar pode ser comprometida no contrato.

Dessa forma, o SFI se torna mais semelhante à carteira hipotecária, sendo que uma das diferenças mais marcantes entre os dois tipos de financiamento está no valor das taxas de juros.

No caso do Sistema Financeiro Imobiliário o valor não ultrapassa 12%.

Portanto, antes de contratar a carteira hipotecária, é importante estudar as outras opções de financiamentos imobiliários existentes no mercado, como é o caso do SFI.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).