Finanças comportamentais: saiba mais sobre este campo de estudo

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Finanças comportamentais: saiba mais sobre este campo de estudo

Saber lidar com pressão é relevante em diversas questões da rotina de uma pessoa, sendo possível incluir trabalho, família e relações interpessoais, por exemplo. Nos investimentos também é possível encarar a pressão como um fator determinante, assim compreender finanças comportamentais pode ser um passo útil para quem busca ter sucesso.

O que não é à toa, afinal a ideia por trás das finanças comportamentais pode determinar o sucesso do investidor em suas tomadas de decisão. Inclusive, tal conceito tem espaço nas provas de certificação, como o Chartered Financial Analyst (CFA), especialmente no campo da análise gráfica.

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O que são as finanças comportamentais

Como um campo estudado no cenário econômico, as finanças comportamentais têm por objetivo compreender a tomada de decisão que a população possui no momento de lidar com finanças, incluindo os investimentos.

Assim, os estudos sobre o tema buscam compreender como as emoções influenciam as pessoas em suas decisões e relações com o dinheiro.

Para isto, os estudiosos passaram a aliar conceitos utilizados na psicologia com estratégias comuns no segmento das finanças.

Ainda vale ressaltar que as finanças comportamentais auxiliam o investidor de diferentes formas, sendo possível destacar três em especial. São elas:

  1. Motivos para gastar com determinado item, ainda que aquele negócio possa comprometer suas finanças;
  2. Compreender o porquê de se ter resistência a investir em determinados ativos e produtos;
  3. Como fatores externos influenciam em suas decisões no momento de se optar por um investimento.

Desde que este tema ganhou espaço na área acadêmica, importantes respostas foram apresentadas, em especial, acerca do comportamento dos investidores.

Portanto, compreender o funcionamento das finanças comportamentais é útil para quem busca ser mais racional em suas tomadas de decisão.

Como funcionam as finanças comportamentais

Finanças comportamentais: saiba mais sobre este campo de estudo

Para se obter sucesso em sua proposta, as finanças comportamentais buscam compreender os equívocos que ocorrem no momento de se investir e a racionalidade envolvida ao longo do processo.

Através destas premissas, a busca é por encontrar um padrão nas decisões dos investidores.

Ainda vale destacar que tal padrão é uma das premissas da análise gráfica, um dos métodos de investimentos mais populares do mercado financeiro.

Normalmente, as finanças comportamentais dividem os padrões em vieses, sendo que os mais comuns são:

  • Viés do retrovisor;
  • Viés da confirmação;
  • Excesso de confiança;
  • Comportamento de manada.

Viés do retrovisor

Assim como o próprio nome indica, o viés do retrovisor é a tendência de “olhar para trás”, ao passado, e explicar os eventos ocorridos como se fossem banais.

Ou seja, se utiliza da distância do tempo para afirmar que tal evento, como a crise de 2008, fosse algo simples de se prever e resolver.

Viés da confirmação

viés da confirmação defende que o investidor, quando está sujeito a tomar determinada decisão, se cercará de confirmações para dar corpo ao seu desejo.

Dessa forma, caso o mesmo opte por um negócio, ele deixará as vantagens em evidência, colocando os riscos em segundo plano na avaliação.

Excesso de confiança

Em suma, o excesso de confiança acontece quando o investidor opta por um ativo e naquele mesmo negócio deposita “todas suas fichas”.

Assim, por autoconfiança excessiva naquela escolha, ignora os riscos, o que pode causar um grande prejuízo.

Comportamento de manada

Ainda é possível destacar o comportamento de manada como um vício irracional de alguns investidores.

Por exemplo, quando muitas pessoas optam por um tipo de ativo, as chances de você optar por investir naquele negócio é alta.

Isso ocorre porque as pessoas, mesmo irracionalmente, acreditam que a maioria está correta, algo que nem sempre é verdade.

Dessa forma, entender as finanças comportamentais pode evitar uma série de riscos no mercado de capitais, afinal esta é uma ferramenta útil na gestão de riscos financeiros.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).