Fundos de ações são uma boa alternativa de renda variável

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Fundos de ações são uma boa alternativa de renda variável

Os fundos de ações podem render mais do que os indicadores normais do mercado. Essa alternativa é uma das mais indicadas para realizar investimentos sem, para tanto, adquirir ações diretamente das empresas.

Ao optar pelos fundos de ações, você adquirirá cotas, confiando a um gestor a tarefa de executar as estratégias de direcionamentos dos recursos. Posto que os investimentos tendem a ser mais seguros em comparação às aplicações independentes, vale a pena considerar essa alternativa.

O que são fundos de ações?

Fundos de ações são fundos de investimento compostos por ativos de renda variável, como ações à vista e recibos de subscrição, por exemplo.

Ao atuar com os melhores fundos de ações, você não comprará um ativo, tal como o Tesouro Direto ou quaisquer outros títulos disponíveis no mercado financeiro, você obterá uma cota e delegará os seus recursos ao gestor que executará uma metodologia predeterminada de investimentos.

Assim, em suma, o fundo de investimento em ações pode ser descrito como uma carteira composta por ativos de renda variável.

O portfólio do seu fundo de ações não deve exceder 70% dos patrimônios alocados nos investimentos como os supracitados.

O fundo de ações funciona como um condomínio, isto é, todos os benefícios e custos são igualmente divididos entre os cotistas.

Dessa forma, quando investir em um fundo de ação, você aportará os valores desejados. Os rendimentos totais consistirão na performance dos ativos que integram o portfólio. Isto é, os custos relativos aos investimentos serão subtraídos da performance do próprio fundo.

Por fim, enquanto carteira de ações, sempre haverá uma equipe e um gestor especializados para fazer o monitoramento, em uma base diária, das empresas escolhidas. Da mesma forma, você poderá resgatar, a qualquer momento, as suas cotas.

Surpreendentemente para muitos leigos no assunto, basta que os emissores façam o repasse dos valores investidos e dos respectivos rendimentos, em um dado período, com as taxas e/ou tributos devidamente descontados.

Fundos de ações: quais são os principais tipos?

Ao passo que os fundos de ações se enquadram na categoria de “fundos de investimentos”, eles podem ser classificados, ainda, de acordo com a estratégia e a gestão aplicadas.

Por mais que existam fundos específicos e, consequentemente, a possibilidade de realizar investimentos em capitais estrangeiros, convém conhecer melhor essas classificações, não é mesmo?

Os tipos de gestão

A gestão de um fundo de ações poderá ser realizada de duas formas: passiva ou ativa.

Sobretudo, a forma ativa implica na superação de um determinado índice de referência (embora não seja obrigatória a existência de um indicador referencial).

Se bem que possam ser observadas algumas semelhanças, a forma passiva intenta replicar os comportamentos dos índices de referências da renda variável, tais como o SMLL (Small Caps) ou IBOV (Bovespa).

Os tipos de estratégia

Em conformidade com as diretrizes da gestão ativa, os fundos de ações subdividem-se de acordo com suas estratégias, em:

  • Crescimento ou Valor: os potenciais de crescimento das organizações fundamentam essas carteiras. Em resumo, os gestores priorizam os ativos abaixo de seus valores patrimoniais, desde que possuam alta capacidade de valorização a longo prazo;
  • Setoriais: os ativos, nesse portfólio, pertencem, em sua maioria, a um setor de atuação específico ou a um conjunto interligado de setores;
  • Dividendos: essa estratégia se concentra em gerar renda. Do mesmo modo, os ativos são das empresas com bons históricos de pagamentos de proventos atrativos;
  • SMLL: essa carteira possui quase 90% de seus ativos incorporados por empresas que não integram o índice IBrX. Com o propósito de alocar ações em negócios de maior capitalização, os outros 10% ficam reservados para essa finalidade;
  • Governança ou Sustentabilidade: esse fundo tem os seus ativos concentrados nas empresas que possuem iniciativas voltadas à sustentabilidade do negócio e responsabilidade social;
  • Índice ativo: composto por carteiras com índices como referenciais de desempenho;
  • Livre: portfólios sem estratégias definidas. Isto é, os regulamentos são os únicos documentos que especificam as alocações e as atividades.

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Os fundos específicos

Os fundos de ações classificados como “específicos” consistem em portfólios que divergem dos regulamentos usados pelos outros fundos existentes no mercado.

Por conseguinte, eles podem ser segmentados em 3 categorias:

  1. Fundos fechados: carteiras regulamentadas (também chamadas de “condomínios fechados”), isto é, não estão disponíveis à negociações no mercado financeiro;
  2. Fundo de “mono ação”: todos os patrimônios estão alocados em ativos de uma única empresa;
  3. Investimentos no exterior: os fundos de ações, para entrarem nessa categoria, precisam ter, pelo menos, 40% de seus patrimônios alocados em ativos de capitais estrangeiros.

Desvantagens e vantagens dos fundos de ações

Como em quaisquer tipos de investimentos, os fundos de ações apresentam desvantagens e vantagens.

Posteriormente à sua decisão de realizar esses investimentos, é imprescindível conhecer os principais pontos de atenção e benefícios inerentes a essas aplicações financeiras. São eles:

  • potencial maior de retorno em comparação aos demais investimentos, sobretudo, os de renda fixa;
  • a volatilidade tende a provocar grandes oscilações nos ativos;
  • certos fundos pagam dividendos – algo que pode ser uma alternativa interessante em termos de renda passiva;
  • não há garantias de retorno;
  • facilidade de compra;
  • pagamento por último, nos casos de falência empresarial;
  • facilidade de venda;
  • baixa liquidez, exigindo aguardar mais para colocar as suas mãos no dinheiro.

Como escolher o fundo de ações mais adequado?

Como vimos, há diversas classificações para os fundos de ações e várias opções para você realizar os seus investimentos.

Portanto, é natural ter algumas dúvidas a respeito da melhor escolha. Às vezes, quando o investidor é iniciante, esses questionamentos podem ser ainda maiores.

Em conclusão, você quer destinar os melhores rumos para o seu dinheiro. Ao mesmo tempo, a seleção de um fundo apropriado à carteira deve transcender as análises de rendimento.

Antes que tome uma decisão, lembre-se de que, na modalidade de renda variável, as rentabilidades passadas não representam garantias de futuros retornos.

De tal sorte que, se os fundos de ações escolhidos forem adequadamente gerenciados, trazendo um bom histórico de desempenho, é provável que essa trajetória de resultados satisfatórios se mantenha.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).