High Grade: saiba mais sobre esta classificação de títulos

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High Grade: saiba mais sobre esta classificação de títulos

Para se obter no mercado, é indicado que o investidor pesquise sobre os ativos negociados na bolsa e encontre as boas oportunidades neste processo. Nesse sentido, é importante se atentar às classificações sobre os produtos do mercado, com destaque para o High Grade.

Isso porque o High Grade é uma classificação útil para indicar informações relevantes sobre um investimento, como risco e retorno, por exemplo. Não à toa, tal prática é utilizada em áreas voltadas para o estudo do mercado, como a equity research.

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O que é High Grade

High Grade, também conhecido como “alto grau de investimento“, é um tipo de classificação utilizado para identificar características de produtos negociados no mercado financeiro.

Ou seja, o High Grade serve para classificar:

  • Ações de empresas;
  • Fundos de investimentos;
  • Títulos públicos;
  • Países, sua economia e relação com crédito.

Assim, este tipo de avaliação possui utilidade para os investidores e agentes do mercado financeiro, pois, através dela é possível se posicionar com maior segurança sobre um investimento.

Por exemplo, quanto maior for o grau de investimento, menor será o risco que envolve este tipo de negociação.

Dessa forma, é possível perceber que produtos financeiros que se encaixam no High Grade tendem a ser uma boa alternativa de investimento.

Afinal, os ativos que se encaixam neste perfil possuem um risco de inadimplência reduzido.

Portanto, é natural que este indicador seja relevante para os investidores, especialmente quando o assunto é crédito.

Todavia, antes de entender seu funcionamento, é importante entender o que é um rating de crédito e o porquê do “alto grau de investimento” fazer parte de sua construção.

Rating de crédito

Rating de crédito é um recurso difundido no cenário econômico, sendo que este é a principal forma de classificar determinado investimento acerca do nível de risco de crédito.

Para isso, existem organizações especializadas em analisar empresas e países, buscando assim apresentar qual o risco de inadimplência que cada um representa.

Dessa forma, é importante que países e empresas busquem se manter bem colocados nesta avaliação.

Afinal, o rating de crédito é avaliado por instituições financeiras e investidores.

Em suma, as partes analisadas podem ser avaliadas de AAA, maior grau de investimento, até D, pior avaliação de crédito.

Por exemplo, é provável que uma empresa ou país com classificação AAA consiga atrair um número maior de investidores, além de ter acesso às linhas de créditos mais valiosas.

Nesse sentido, é possível entender como o High Grade é importante para a criação do rating de crédito, pois esta classificação é importante no processo de avaliação de crédito.

Como é feito o High Grade

Como visto no tópico anterior, o trabalho de construção e elaboração do High Grade é de responsabilidade de empresas especializadas para a área.

Assim, estas empresas têm suas atividades focadas na análise de risco de empresas que emitem títulos, independentes se estas são privadas ou públicas.

Neste processo, são consideradas diferentes informações sobre o negócio, que vão desde as finanças e gestão de um negócio, até o histórico como pagador.

Dessa forma, é possível entender o porquê do “alto grau de investimento” ser considerado um indicador útil para investidores.

Afinal, este é um recurso que pode ser utilizado para se chegar a um melhor entendimento sobre os riscos de se investir em determinado negócio.

Não à toa, diferentes perfis de investidores do mercado financeiro avaliam o High Grade de um produto financeiro antes de investir nele.

Características do High Grade

High Grade: saiba mais sobre esta classificação de títulos

Tão importante quanto entender o conceito por trás do High Grade e do rating de crédito, é compreender as características que um produto financeiro deve ter para ser considerado de alto grau de investimento.

Neste contexto, é possível destacar quatro. São elas:

  1. Volatilidade;
  2. Histórico;
  3. Sustentabilidade financeira;
  4. Inadimplência.

Assim, é útil conhecer de forma separada cada um destes pontos e qual o impacto deles para avaliação de um negócio.

Volatilidade

Inicialmente é útil destacar a volatilidade apresentada por um negócio como um dos principais pontos de avaliação.

O que não é à toa, pois, títulos High Grade possuem a tendência de ter rentabilidade, especialmente no longo prazo.

Dessa forma, é natural que as oscilações no preço sejam um aspecto importante para isso, não à toa um produto financeiro que se encaixa no “alto grau de investimento” possui uma volatilidade baixa.

Além disso, vale destacar que ao aliar aspectos como risco e retorno, títulos High Grade se tornam alternativas interessantes para investidores de longo prazo.

Simultaneamente, estes ativos também são úteis para investidores que buscam diversificar sua carteira de investimento ou, até mesmo, têm um perfil mais conservador de investimentos.

Histórico

Outra característica destes ativos financeiros é relacionada ao histórico de rentabilidade destes.

Como visto no tópico anterior, o fato de possuírem uma volatilidade baixa, possibilita um rendimento médio a este tipo de ativo financeiro.

Assim, a tendência é que ativos financeiros que se encaixam no High Grade se valorizem no longo prazo, se tornando um investimento mais interessante para investidores que possuem este objetivo.

Sustentabilidade financeira

Outra característica marcante dos títulos com “alto grau de investimento” está na sustentabilidade financeira de seu emissor.

Assim, para se encaixar neste perfil é necessário que tanto o país, quanto a empresa, apresentem bons indicadores financeiros.

Dessa forma, a saúde financeira e capacidade de capitalização destes agentes se torna um aspecto analisado no processo de classificação.

Além disso, é considerado que a sustentabilidade financeira apresentada por um negócio pode refletir no longo prazo.

Ou seja, é necessário que as perspectivas sobre o crescimento do negócio também sejam visíveis, seja na sua capacidade de gerar receita, no seu modelo de gestão ou no seu potencial de inovação.

Inadimplência

Por fim, mas não menos relevante, é considerado o histórico de inadimplência de um negócio no momento de encaixá-lo ou não como High Grade.

Afinal, ao avaliar o histórico de uma empresa ou país, é possível ter um panorama de como ele se posiciona de acordo com suas dívidas.

Dessa forma, é natural que partes que apresentem um histórico de inadimplência elevado, não tenham seus títulos classificados entre os de “alto grau de investimento”.

Enquanto, países e empresas com bom histórico de pagamento, cumprindo com contratos nos valores e datas corretas, tendem a ter seus títulos posicionados entre os High Grade.

Não à toa, a tendência é que o rating de crédito também seja maior, atraindo assim um número maior de investidores.

Por exemplo, o título do Tesouro americano é utilizado como referência entre ativos financeiros de alto grau de investimento, pois as chances de inadimplência são baixas, especialmente ao analisar o histórico do país.

Portanto, o histórico de inadimplência de um negócio é um bom termômetro a se avaliar sobre o risco que determinado título representa.

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Títulos High Grade podem ser bons investimentos?

High Grade: saiba mais sobre esta classificação de títulos

Como visto ao longo do texto, os títulos High Grade podem ser uma boa alternativa de investimentos, especialmente por representar um baixo risco envolvido, importante ponto a se considerar.

Todavia, por representarem um risco baixo, a tendência de ganhos também é reduzida. Fator que ocorre pela relação que existe entre risco e retorno na bolsa de valores.

Assim, ao investir em High Grade o indivíduo deve entender se aquele ativo financeiro se encaixa em seu perfil de investimentos.

Contudo, também é importante considerar que analisar os títulos de “alto grau de investimento” é um recurso de valia para o investidor, especialmente aos de longo prazo.

Afinal, este tipo de recurso possibilita uma noção maior acerca da saúde financeira de um negócio e de seu histórico como pagador.

Portanto, é possível considerar que os títulos High Grade podem ser uma boa alternativa de investimento, porém, o que definirá isso será o perfil do investidor que busca este produto.

Dessa forma, tão importante quanto avaliar tais aspectos, é considerar as vantagens de ativos classificados assim.

Vantagens dos títulos de “alto grau de investimento”

Ao longo do texto foi possível perceber que a principal vantagem dos títulos de “alto grau de investimento” é a segurança.

Assim, o investimento High Grade se torna uma alternativa interessante para quem busca uma atuação mais segura na bolsa de valores.

Além disso, é possível destacar a previsibilidade acerca de sua rentabilidade como outra vantagem, pois, são ativos com volatilidade baixa, o que faz com que as projeções sobre sua valorização seja mais próxima da realidade.

Dessa forma, estes ativos financeiros se tornam interessantes para investidores que utilizam a análise fundamentalista.

Afinal, se tratam de títulos de partes que apresentam bons fundamentos, sendo possível destacar, por exemplo:

  • Indicadores financeiros positivos;
  • Boa margem de capitalização;
  • Controle de dívidas e pendências;
  • Margem para crescimento e expansão no médio e longo prazo;
  • Histórico de inadimplência positivo.

Ou seja, pontos relevantes para quem busca obter ganhos no longo prazo, tendo margem de segurança sobre o recebimento do valor investido.

Ainda é possível reforçar que títulos de “alto grau de investimento” também são relevantes para quem busca diversificar sua carteira de investimentos, pois é um modo de equilibrar os riscos de um portfólio.

Sendo assim, títulos com esta características são interessantes para diversos perfis de investidores.

Portanto, entender sobre o High Grade é útil tanto para quem começou a investir no segmento, quanto para quem está realizando a gestão de carteira.

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).