Padrão de vida: como viver de acordo com a sua renda?

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Padrão de vida: como viver de acordo com a sua renda?

Todos têm prioridades quando o assunto é dinheiro. Por isso, cada pessoa gerencia seus ganhos de acordo com seu padrão de vida. Mas será que todos gastos são realmente necessários?

O padrão de vida errado pode causar endividamento e má gestão dos recursos financeiros. Por isso, viver de acordo com sua realidade financeira é a forma ideal de garantir a saúde financeira. 

O que é padrão de vida?

Padrão de vida é o nível de conforto e bem-estar e acesso a serviços de uma pessoa ou família, baseados no seu poder de compra e renda financeira. É a possibilidade de gastar com conforto, lazer e serviços essenciais. 

No grau mínimo, ter um padrão de vida básico significa viver com o básico de bens e serviços para manter uma pessoa ou família. Mas a variação é gigante e entra em questão as prioridades de cada pessoa em gastar com coisas supérfluas ou não. 

A grande questão é que, ao escolher um padrão de vida, a pessoa precisa ter uma renda compatível para manter a saúde financeira. Caso contrário, isso pode resultar em endividamentos e problemas. 

O padrão de vida de cada indivíduo depende da sua renda, despesas, contexto econômico e social, custo de vida, questões econômicas e outros critérios que influenciam ou não os gastos e a rotina de consumo de um indivíduo. 

Por que é importante escolher o padrão de vida?

Apesar de estar completamente relacionado, a escolha do padrão de vida não depende apenas da sua renda, mas da sua personalidade. Enquanto algumas têm renda para viver com um padrão mais elevado, outras compram bens sem ter uma renda compatível. 

Assim, quem escolhe viver com um padrão de vida incompatível com sua renda, acaba enfrentando dificuldade com os gastos essenciais e tende a gastar mais do que ganha, dificultando a saúde financeira

Por isso é importante levar em conta que padrão de vida não é a mesma coisa que qualidade de vida. Isso porque o nível de vida está atrelado, especialmente, aos gastos com bens e serviços.

Já a qualidade de vida inclui necessidades humanas que são, em todos os padrões, essenciais. Como, por exemplo, saúde, moradia, educação, segurança e bem-estar. 

Diferença entre gastos supérfluos e necessários

Para se adequar ao padrão de vida que acompanha sua renda, é necessário primeiramente entender quais são os gastos supérfluos e os gastos necessários. Ou seja, os gastos que podem ficar para depois e os gastos necessários para viver. 

Os gastos necessários são alimentação, vestuário, moradia, locomoção, saúde, comunicação, entre outros. Sem esses gastos a vida humana fica mais difícil. Por isso, são essenciais e devem estar dentro do planejamento financeiro. 

Mas como as questões culturais também interferem nos gastos, alguns podem facilmente se tornar gastos desnecessários. Como, por exemplo, uma roupa cara ou uma casa luxuosa. Tudo depende de como cada pessoa quer e pode viver. 

Por isso é importante saber quais os produtos e serviços necessários ou não. Quando se sabe o que é importante ou não, é mais fácil ajustar o bem-estar ao orçamento disponível. 

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Tipos de padrão de vida

Padrão de vida: como viver de acordo com a sua renda?

O padrão de vida pode ser dividido em tipos que se adequam à renda ou à escolha de determinada pessoa. No contexto geral, se definem como:

  • Baixo
  • Médio
  • Alto

No padrão de vida baixo, as pessoas vivem com as necessidades básicas atendidas. Mas tem uma moradia de baixo custo, saneamento, educação, saúde (geralmente acesso à saúde pública), eletrodomésticos, alimentação e lazer com opções gratuitas.

Já no padrão de vida médio, se encontra a chamada classe média. Aqui, já incluímos o carro e casa própria, internet e acesso à TV a cabo, escolas, cursos e universidades particulares, plano de saúde, roupas e eletrônicos de qualidade. 

Além disso, contam com opções de lazer geralmente pagas como cinema, teatro e shopping, além de contar com a possibilidade de viajar com certa frequência. Também são as pessoas que pensam em ter uma reserva financeira e investimentos. 

E no padrão de vida alto são incluídos os serviços e bens da classe média em uma categoria superior. Isso é, casas de alto padrão, carros luxuosos, roupas de grife e serviços exclusivos que são acessados com um gasto superior.

Também, são incluídas as viagens internacionais e gastos compatíveis com rendas superiores. Esse padrão representa uma pequena porcentagem da população brasileira. 

Como manter o padrão de vida adequado para sua renda 

Para as famílias que têm renda fixa e conseguem manter um padrão de vida estabilizado, é importante levar em conta se não está levando um padrão mais elevado do que a renda permite. Se você:

  • Não consegue investir 
  • Usa muito o cartão de crédito
  • Paga a fatura atrasada ou a fatura mínima
  • Tem mais dívidas que bens
  • Não tem reserva financeira para imprevistos

Esses podem ser sinais de que você vive um padrão a mais do que pode pagar. Muitas famílias brasileiras vivem endividadas porque não planejam os gastos e focam em coisas supérfluas, além de não ter educação financeira para lidar com o dinheiro da forma correta. 

É preciso identificar em qual padrão sua renda se adequa e viver de acordo com ele, para evitar endividamento e problemas financeiros.

Como ter um padrão de acordo com a renda

Para ter um padrão de vida de acordo com a sua renda, é preciso colocar os pés no chão, adequar os gastos e cortar os excessos.

O primeiro passo é ter controle financeiro, ou seja, analisar a renda, gastos e dívidas. Assim, é mais fácil definir cortes nos gastos e reservar um valor para montar uma reserva de emergência para, depois, começar a investir. 

Também é importante avaliar o cartão de crédito. O ideal é evitar recorrer a ele e se planejar para comprar itens à vista e não por impulso. 

Uma das dicas mais importantes é aprender a viver um degrau abaixo. Isso significa viver um pouco abaixo do que a renda permite, gastar menos do que ganha e ter estratégias para conquistar um padrão de vida mais alto no futuro de forma saudável. 

O padrão de vida não é um problema se você escolher o que se encaixa na sua renda. Mas é importante levar em conta os planos para o futuro e os gastos desnecessários para atingir suas metas sem afetar sua saúde financeira! 

 

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).