Erros dos Investidores Iniciantes: venha conferir para não cair neles

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Quem nunca ouviu que é melhor aprender com os erros dos outros? Para os investimentos, não seria diferente. Por isso, saber quais são os erros dos investidores iniciantes é essencial! 

Geralmente, os erros dos investidores iniciantes são bem comuns e, alguns acontecem até mesmo com aqueles investidores mais experientes, por isso é primordial saber identificar e evitar cada um dos erros que serão apresentados.

O que é e qual a importância dos investimentos?

Antes mesmo de listar e exemplificar os erros dos investidores iniciantes, o primeiro passo para iniciar no mundo dos investimentos é entender o que é e qual é a importância dos investimentos.

Nesse sentido, investir nada mais é do que trocar consumo presente por consumo futuro, ou seja, é poupar recursos presentes para que no futuro seja possível manter ou aumentar o seu poder de compra.

Com isso em mente, o investidor deve entender que o principal foco dos investimentos não é obter elevadas rentabilidades, isso é consequência, o foco é preservar o poder de compra da moeda no decorrer dos anos.

Obtendo esse nível de clareza sobre os investimentos, já é possível desviar dos erros mais comuns que todo investidor já cometeu no processo de formar a sua carteira de investimentos.

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Entendendo os erros dos investidores iniciantes

Ao abrir conta em uma corretora de investimentos, o primeiro passo para começar a realizar os aportes é responder o famoso perfil do investidor.

Nesse sentido, o primeiro erro cometido pelos iniciantes é não responder de forma fidedigna as perguntas que irão corroborar para a formulação de seu perfil e de sua aversão ao risco.

Assim, é comum se deparar com investidores com perfil conservador e moderado respondendo o questionário de forma a se enquadrar no perfil arrojado para ter acesso a derivativos e minicontratos, só para conseguir alcançar os resultados vendidos na indústria via day trade.

Com isso, é muito comum que o investidor iniciante adentre o mercado de capitais pela porta do fundo, isto é, pelas operações de maior risco e que podem te tirar do jogo logo no início.

Por esse motivo, o primeiro passo para ser um investidor de sucesso é responder da forma mais justa possível o formulário que irá lhe disponibilizar seu perfil de investimento.

Após o perfil do investidor, o erro mais comum é investir sem uma reserva de emergência e, até mesmo, com dívidas.

O processo de montagem de uma reserva de investimentos, principalmente no Brasil, é primordial, uma vez que o cenário econômico e político tende a dificultar muito o desenvolvimento de negócios e investimentos.

Assim, o investidor deve, em conjunto com a escolha dos ativos que irão compor sua carteira de investimentos, aportar em ativos pós-fixados para formar a sua reserva.

Essa reserva, além de ser alocada em ativos pós-fixados deve apresentar liquidez diária e, com isso, até mesmo mantê-la na conta corrente pode ser uma opção.

Alguns investidores, que respondem de forma correta o perfil do investidor e iniciam a montagem da sua reserva de emergência, têm dúvidas em relação ao tamanho da reserva.

Dessa forma, é possível definir que:

  1. Pessoas com cargo público devem formar uma reserva de pelo menos 6 meses de despesas pagas;
  2. Pessoas que realizam trabalho normal de 6 a 8 meses de despesas pagas;
  3. Autônomos e empresários pelo menos 12 meses de despesas pagas.

Agora que você já entendeu quais são os principais erros dos investidores iniciantes no processo de cadastro e formação da reserva de emergência, vamos falar sobre aqueles erros que fazem parte do momento de escolher os ativos.

Erros de alocação e estratégia

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Após passar pelos erros do início do processo de investimento, é hora de entender como o investidor iniciante se atrapalha na hora de alocar os seus recursos e definir suas estratégias de investimento.

Nesse sentido, serão abordados os seguintes erros:

  • Ter foco apenas na rentabilidade, deixando de lado os riscos presentes em cada um dos ativos;
  • Definir uma rentabilidade irreal com base em anúncios e propostas de investimento com retornos “garantidos”;
  • Pensar de forma individual, ou seja, em produtos e não pensar no macro de sua carteira, isto é, em como irá ser a alocação;
  • Ausência de metodologia pré-definida para saber quais serão as suas decisões nos investimentos a depender dos cenários.

Em relação à rentabilidade sem pensar em quais são os riscos, como dito anteriormente, um dos erros mais comuns dos iniciantes é procurar por rentabilidades elevadas com day trade, sem levar em conta qual é o risco dessa forma de especulação.

Além disso, pensando sempre em obter muita rentabilidade no curto prazo, o investidor iniciante aloca de forma desenfreada em ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários e criptomoedas.

Com isso, em momentos de desespero e de queda do mercado, por aportar grande parte do patrimônio nesses ativos, o investidor pode sair das operações no prejuízo, por isso o perfil de investidor é essencial.

Na linha da busca por elevados retornos sem levar em consideração os riscos, investidores iniciantes pecam ao formular ideias mirabolantes em que alcançaria rentabilidades irreais.

Isso ocorre, uma vez que o investidor iniciante apresenta um excesso de confiança e atrela o retorno de seus investimentos a sua própria capacidade em economizar, estudar o mercado e alocar os recursos de forma eficiente.

Entretanto, encontrar investimentos com baixo risco e com elevada rentabilidade é complexo, mesmo assim o investidor iniciante acredita ser capaz de encontrá-los.

Em conjunto aos dois erros apresentados até aqui, investidores iniciantes pensam de forma micro em seus investimentos, ou seja, buscam por ativos e produtos com alto potencial de retorno, sem se atentar às alocações de forma macro.

Assim, é comum que o investidor pense que é necessário acertar em um único ativo para obter sucesso, entretanto o mais importante em uma carteira de investimentos é a sua alocação e diversificação.

Por fim, arrematando os erros mais comuns em relação a alocação e a escolha dos ativos, está a ausência de uma metodologia.

Isso ocorre, visto que o investidor iniciante está sempre em busca do melhor ativo do momento, deixando de lado a sua estratégia de divisão do portfólio em classes de ativo, a definição de qual é o momento de comprar e vender um ativo e quando adicionar ativos em carteira.

Assim, definir uma estratégia de investimentos e mantê-la no longo prazo, realizando ajustes pontuais, ajuda o investidor iniciante a não cometer erros por conta do calor do momento ou por conta de ofertas mirabolantes que encontram no mercado.

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Erros psicológicos

Talvez, o pano de fundo para todos os erros dos investidores iniciantes apresentados até aqui são os vieses comportamentais, dentre eles:

  1. Viés de confirmação;
  2. Viés do sobrevivente;
  3. Olhar pelo retrovisor;
  4. Acompanhar a manada.

O viés da confirmação é uma tendência comportamental na qual a pessoa busca por referências e confirmações que vão em linha com sua teoria. 

Para os investimentos, isso ocorre principalmente quando investidores acreditam que são capazes de escolher a ação do momento e buscam informações e dados que confirmem isso.

Dessa maneira, independente do que o mercado e especialistas dizem a respeito de um ativo, o investidor iniciante tende a deixar de lado as informações negativas ou contrárias ao seu pensamento.

Outro viés muito comum, mas que não é veiculado, é o viés do sobrevivente. Ele é um erro lógico, no qual o investidor se concentra apenas nas coisas ou pessoas que sobreviveram, deixando de lado aqueles que não alcançaram bons resultados.

Ele está muito presente e em linha com o viés anterior, quando se fala em elevadas rentabilidades com day trade.

Assim, o investidor iniciante, mesmo diante de inúmeras informações que invalidam essa forma de investimento e, levando em consideração apenas o 1% dos investidores que alcançam bons resultados, perdem boa parte de suas economias.

Já o olhar para o retrovisor, está intimamente relacionado ao fato de que o investidor tende a acreditar que porque um ativo, seja uma ação, criptomoeda ou fundo de investimento performou bem no passado, irá manter os resultados.

Apesar da história não se repetir, mas em alguns momentos rimar, é muito difícil que um investimento que apresentou rentabilidade elevada no passado não irá passar por momentos de rentabilidade negativa.

Para concluir os erros mais comuns no que diz respeito à psicologia do investidor, tem-se o famoso acompanhar a manada, isto é, alocar em ativos que todos estão de olho.

Dessa maneira, é necessário evitar investir nos ativos que amigos, familiares e demais pessoas próximas estão falando, uma vez que existe uma grande possibilidade de pegar o movimento no fim e obter prejuízos.

Considerações Finais

Investir não é uma tarefa fácil, entretanto se você se atentar a cada um dos erros apresentados nesse artigo, já estará muito à frente da média do mercado.

Por esse motivo, aprender com os erros das outras pessoas e os ensinamentos de grandes investidores pelo mundo é o primeiro passo para obter sucesso em seu portfólio.

Portanto, após entender quais são os erros do investidor iniciante, é hora de estudar e se qualificar para tomar decisões cada vez melhores para a sua carteira de investimentos.

 

 

Guilherme Almeida
Guilherme Almeida
Bacharel em Economia e Especialista em Finanças Corporativas e Mercado de Capitais pelo Ibmec-MG. Mestrando em Estatística pela UFMG, atua como professor, palestrante e porta voz das áreas de economia e finanças, tendo concedido mais de mil entrevistas para os principais meios de comunicação. Atualmente, leciona matérias ligadas à Economia e ao Mercado Financeiro em cursos preparatórios para certificações financeiras, além de ser o Economista-Chefe do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).